quarta-feira, março 03, 2010

Analisando o fenômeno Harry Potter e suas filiais

Analisando o fenômeno Harry Potter e suas filiais
Não é nenhuma novidade que o fenômeno Harry Potter tem ganho milhares de filiais no mundo todo. Chamo de filiais, novas sagas juvenis sobre personagens problemáticos que encontram num mundo fantasioso o segredo para sua felicidade.

J.K. Rowling foi a responsável por iniciar esse movimento jovem de leitura com personagens incrivelmente apaixonantes e que rementem aos problemas de rejeição própria ou do ambiente que vivem. Como as filiais mais bem sucedidas atualmente temos a saga Crepúsculo, da qual já escrevi aqui, e atualmente Percy Jackson.

Percy Jackson então, nem dá para não imaginar Harry Potter, Hermione e companhia vivendo as sagas do semi-deus só que com outros nomes e uma nova roupagem. Roupagem da qual, nós cristãos, não conseguimos desassociar como algo além do pensamento cristão. Enquanto J.K. Rowling iniciou muitos jovens ao encanto da Bruxaria, Rick Riordan nos apresenta o mundo da mitologia grega e nossa querida Stephanie Meyer - da saga twilight - nos envereda pelo mundo folclórico dos vampiros.

O encanto que esse tipo de mundo imaginário tem tido sobre os jovens e adolescentes no mundo todo parece ter ocupado o vazio que muitos deles sentiam ao ler livros sem uma linguagem própria e adequação a realidade deles.

Depois de analisar bem esse fenômeno que cresce assustadoramente e vende milhões e milhões de livros no mundo todo, não pude deixar de pensar como o mercado cristão não consegue ver a possibilidade de criar, a partir de agora, uma identificação própria com os leitores que estão sedentos por mais livros desta estirpe.

Atualmente o único livro que li e que se propõe a tal é da editora Anno Domini, "O Enigma da Bíblia de Gutemberg", que relembra as coleções de mistério da minha tão saudosa adolescência e que foram fundamentais para que eu me tornasse a leitora compulsiva que sou hoje.

Onde estão todos aqueles que escrevem maravilhosamente sobre a teologia e tantos outros assuntos cristãos e que podem aproveitar esse gancho para levarem nossos jovens para mergulharem no mundo maravilhoso das histórias bíblicas?

Nosso único representante de peso nesta área é "Crônicas de Nárnia" de Clive Staples Lewis - mais conhecido como C.S. Lewis. As siglas iniciais mais uma vez relembram a escritora de Harry Potter, seria ela uma aficcionada por nosso grande escritor cristão ou mera coincidência?

Infelizmente, C.S. Lewis morreu em 1963 e deixou todos os jovens e adolescentes cristãos órfãos da leitura que poderia ser a principal porta de evangelismo para todos esses fãs dessas sagas e filiais de agora.

Mas até quando será assim? Até quando estaremos aguardando um grande escritor cristão que nos remeta ao mundo maravilhoso do Éden? Ou da Torre de Babel? Quem sabe analisando o dilúvio ou até a era encantadora dos Reis Davi e Salomão, onde gigantes ainda viviam em nosso meio.

O que não faltam são enredos maravilhosos, conhecimentos dos problemas psicológicos dos nossos jovens de hoje e para isso, não precisa ir muito longe, um mundo de encanto onde os anjos seriam o foco da história bastaria para encantar milhões de jovens deslumbrados com essa linha editorial.

Essa é apenas uma das reflexões que faço, pois eu estou, também, carente por ler histórias deste nível e que me ajudem a evangelizar ainda mais.
Fonte: Deus Fm

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