por: Humberto Ramos 
Antagonismo é definido pelo dicionário Aurélio  como “oposição de ideias, princípios e sistemas, etc.” No cotidiano,  podemos caracterizá-lo pela sua existência condicionada (porque  motivada) à  existência de outra coisa, algo ou alguém. 
O antagonista é aquele que só se faz  necessário  enquanto atua o objeto ao qual ele deverá se contrapor.  Secundário, quadjuvante,  quem vive de antagozinar vive do outro;  alimentando-se da necessidade da  contraproposta, esquece-se que as  propostas atraem bem mais seguidores do que as  contestações.
O autor C.S. Lewis foi considerado um dos  mais  influentes cristão do século passado, assim como um dos maiores  apologistas da fé.  Eu concordo com as duas afirmativas. No entanto,  pelo que pude perceber ao  ter contato com as obras deste fantástico  escritor, conquanto ele se  dedicasse a expor as razões de sua fé, ele  não o fazia com a compulsão doentia  daqueles que se veem numa posição  privilegiada pela qual enxergam tudo, e de forma  mais clara e acertada;  o que gera nos outros a ideia de que “com esse não dá  para dialogar”. 
Lewis nunca foi antagonista, muito pelo  contrário.  Foi sempre um protagonista. Em seu papel de mocinho, pode  conduzir, através  de suas obras, muitos opositores da fé, decepcionados  com Deus e homens  questionadores a um contato mais próximo com os  escritos do Evangelho. 
Dessa maneira tornou-se um dos mais  ferrenhos  defensores da fé evangélica (leia-se fé firmada no Evangelho  de Jesus), não porque ela precisasse de defesa, de um advogado que a  amparasse. Não mesmo! Deus  nunca delegou a ninguém poderes a fim de que  fosse defendido em qualquer  juízo. Assim, Ele mesmo tem sido levado ao  banco dos réus por diversos homens,  sem contudo nunca recuar ou se  mostrar amedrontado. 
Lewis marcou a história como defensor  porque nunca  ficou na defensa. Afinal, a melhor defesa é o ataque. Não o  ataque ao outro.  Nunca optou pela agressão pessoal. Seguiu a instrução  de Paulo, que nos advertiu  acerca de quem na verdade nos opõem  - não é carne ou sangue, mas seres espirituais.
Acho que Lewis captou bem o exemplo de  Jesus. O  Mestre nunca, jamais, fora notado por ser um opositor da  religião, do sistema  político vigente ou de qualquer que fosse o mal  existente à época de sua estadia  terrena (via encarnação humana e  pessoal).  Jesus se opôs, contrapôs, contestou, protestou,  porém nunca fez disso alvo de  seu ministério. Ele foi-nos claro, veio  para anunciar o Reino, as Boas  Novas, a Salvação, a Redenção. 
Todos temos nossos dias no papel de  antagonistas,  nossos momentos protestantes. Mas viver disso pode ser  sinal de compulsão  doentia, fixação maligna, caso para terapia! 
É muito importante pensar nisso, afinal um  dia não  haverá ao que nos opor. A maldade estará extirpada, a mentira, a  falsidade, e tudo  o que dela deriva será aniquilado... Daí nossa única  opção será a aceitação  grata das maravilhas eternas preparadas desde  antes para nós! 
Fonte: Visão Integral 
Concordo com o escritor do texto.
ResponderExcluirMelhor é ser protagonista....
Rose.