quarta-feira, setembro 28, 2011

Pastor Yousef Nadarkhani pode ser sentenciado a morte


   
 
  Pastor Yousef Nadarkhani  
IRÃ (2º) - Poucos dias depois que o Irã libertou dois norte-americanos acusados de espionagem no país, um tribunal iraniano confirmou a acusação de apostasia contra o pastor Yousef Nadarkhani e sentenciou à morte.

O tribunal da província de Gilan determinou que o pastor Nadarkhani devia negar sua fé em Jesus Cristo, pois ele vem de uma família de ascendência islâmica. O SupremoTribunal do Irã disse anteriormente que não deveriam determinar se o pastor Yousef tinha sido muçulmano ou não em sua conversão.

No entanto, os juízes exigiram que ele se retratasse de sua fé em Cristo antes mesmo de terem provas contra ele. Os juízes afirmaram que,  embora o julgamento vá contra as atuais leis iranianas e internacionais, eles precisam manter a decisão do Tribunal Supremo em Qom.

Quando pediram a ele para que se “arrependesse” diante dos juízes, Yousef disse: “Arrependimento significar voltar. Eu devo voltar para o quê? Para a blasfêmia que vivia antes de conhecer a Cristo?” Os juízes responderam: “você deve voltar para a religião dos seus antepassados, deve voltar ao Islã”. Yousef ouviu e respondeu: “Eu não posso fazer isso.”

Família

O pastor Yousef conseguiu ver seus filhos pela primeira vez desde março. Ele estava de bom humor e falava de sua enorme vontade de servir a Igreja depois que fosse libertado da prisão.

O pastor Yousef enfrentará duas “audiências’ adicionais hoje (27) e amanhã (28 de setembro) com o propósito principal de o fazerem negar sua fé cristã. Os advogados do pastor Yousef tentarão apelar para que revejam a sentença, mas se o tribunal agir segundo sua própria interpretação da Sharia (lei islâmica), Yousef pode ser executado amanhã.

Tecnicamente, não há mais direitos para recursos e sob a interpretação da lei da Sharia, o pastor Yousef tinha direito a três chances de se retratar. Amanhã será sua última chance de se retratar. Depois, ele poderá ser executado a qualquer momento.

Ore pelo pastor Yousef Nadarkhani, para que Deus o proteja e o livre da sentença de mortee possa ser liberto da prisão. Envolva mais pessoas para, juntos, intercedermos pelo nosso irmão.


Tradução: Portas Abertas
 

quarta-feira, setembro 14, 2011

Súplica ao Senhor do Tempo

CONFISSÃO DE PECADOS PARA MÚSICOS E SÚPLICA POR ARREPENDIMENTO


1- Confessamos e suplicamos arrependimento por termos nos desviado do Senhor Deus e da essência de nosso chamado;
2- Confessamos e suplicamos arrependimento porque muitos de nós "ministramos" sem ter certeza da salvação, sem ter passado pelo  Novo Nascimento;
3- Confessamos e suplicamos arrependimento porque misturamos nossas iniquidades ao ajuntamento solene causando repulsa ao Senhor Deus;
4- Confessamos e suplicamos arrependimento por considerarmos a Casa de Deus um lugar comum e não uma Casa de Oração;
5- Confessamos e suplicamos arrependimento porque não vamos ao culto para adorar humildemente mas para "sermos vistos pelos homens";
6- Confessamos e suplicamos arrependimento porque não usamos os dons que recebemos do Espírito Santo de Deus para servir a Igreja mas para nos exaltarmos acima de nossos irmãos;
7- Confessamos e suplicamos arrependimento porque ousamos tentar preencher a ausência do Espírito Santo nos cultos com nossas performances pseudo-piedosas;
8- Confessamos e suplicamos arrependimento porque nos últimos vinte ou trinta anos nossas músicas e ministérios não tem produzido temor e conhecimento de Deus, nem mais santidade em nós e em nossos irmãos, nem conversões genuínas, e muito menos promovido a glória devida ao Senhor nosso Deus;
9- Confessamos e suplicamos arrependimento porque se o meigo Filho de Deus entrasse hoje em nossas reuniões Ele quebraria nossos instrumentos, derrubaria no chão nossos equipamentos de som e chutaria nossos holofotes e diria: "Tirem daqui essas coisas! A Casa de meu Pai não é lugar de show!";
10- Confessamos e suplicamos arrependimento por que não honramos a Palavra de Deus em nossas canções mas temos ensinado todo tipo de coisa estranha, humanista, antropocêntrica, sensorial, sensual, que nada tem a ver com a sã Doutrina;
11- Confessamos e suplicamos arrependimento por gostarmos de ser tratados como "ídolos" por nossos pobres irmãos e de ver que eles se aproximam de nós tremendo para pegar autógrafos como se fossemos "celebridades";
12- Confessamos e suplicamos arrependimento porque chegamos depois que o culto começa e saímos antes que acabe pois se nossos irmãos conseguirem falar conosco, saberão que somos vazios e tudo em nós é só aparência;
13- Confessamos e suplicamos arrependimento porque mercadejamos nossos dons, talentos e ministérios, trazendo desonra e escândalo ao Deus que dizemos servir;
14- Confessamos e suplicamos arrependimento porque somos semelhantes a Igreja de Laodicéia; pensamos ser ricos, abastados não precisando de coisa alguma, e nem imaginamos que somos infelizes, miseráveis, pobres, cegos e nus;
15- Confessamos e suplicamos arrependimento porque tiramos o púlpito de nossas igrejas, elevamos as plataformas, enchemos tudo com canhões de luz e criamos coxias e assim o ensino e pregação da Palavra de Deus ficou em 3º ou 5° plano;
16- Confessamos e suplicamos arrependimento porque embora cansados e empapuçados com nossas canções e ministérios não temos a coragem de parar, refletir e ver aonde tudo isso tem nos levado a nós e ao pobre povo que ainda ouve nosso badalar de sino;
17- Confessamos e suplicamos arrependimento porque temos roubado a glória que só ao Senhor Deus pertence e temos  acumulado sobre nós mesmo terrível juízo;
18- Confessamos e suplicamos arrependimento porque deveríamos "pendurar nossas harpas nos salgueiros e chorar junto aos rios de Babilônia" até que a Igreja do Deus vivo fosse expurgada de toda a vaidade que promovemos no meio dela:
19- Confessamos e suplicamos arrependimento porque deveríamos parar com tudo o que estamos fazendo e talvez passar um ano ou mais cantando só os hinos tradicionais ao som do órgão até que sejamos convertidos e restaurados pelo Senhor Deus;


Que o Senhor tenha misericórdia de nós!
Por Stênio Marcius


O Senhor do Tempo

Stênio Március

Mestre, me veja menino
Deixa-me correr com Teus pequeninos
Mestre, de rosto amigável, de sorriso largo, de sereno olhar
Eu fui a Ti criança e me recebeste de braços abertos
Que estranha distância agora
Senhor, lembra do menino que eu fui outrora

Mestre, lembro que eu buscava
E me derramava, choro adolescente
Lembro daquele caderno onde eu anotava minhas orações
Jovem busquei a Ti, o refúgio certo para um moço aflito
Que estranha distância agora
Senhor, lembra do rapaz que eu fui outrora

Mestre, estou bem mais velho
E o amor que eu tinha, onde foi parar?
Mestre, fala a esse homem, que se emocione, vá recomeçar
Faz-me correr e assim retornar ligeiro ao primeiro amor
Deixa-me ver novamente o meu nome
Escrito nas santas mãos do Senhor do Tempo

domingo, setembro 11, 2011

ACORDO - Stênio Marcius, Diego Venâncio e Sara Müller- NMB 2011

 
 
Acordo - Stênio Marcius

Me diga, andorinha, você que já voou o mundo inteiro
Se houve um momento só, por cima de um continente,
Por sobre qualquer cidade, em que te faltou o céu?
Será que o infinito espaço a teu redor é suficiente
Pra voares livre e viver feliz?
Me diga, peixinho dourado, senhor do vasto oceano
Que brinca nas correntezas, se esconde em velhos navios
Mergulha nas profundezas, sem nunca chegar ao fim
Será que os 7 mares que são teus têm bastante água
Pra nadares livre e viver feliz?
Puxa uma cadeira, minh'alma, que eu quero te perguntar
Porque me roubas a calma, me botas tristeza no olhar?
Vamos entrar num acordo, vida tranquila viver
Lembra daquilo que o Mestre falou:
"A minha Graça te basta!"

Agostinho: Minha luz, minha riqueza, minha salvação

Durante todos estes anos [de rebelião], onde estava meu livre arbítrio? Qual era o lugar obscuro e secreto onde ele estava e do qual foi convocado num instante a fim de que me inclinasse ao teu jugo suave? Quão doce foi para mim estar liberto subitamente destes prazeres infrutíferos que um dia temia perder! Tu os afastaste de mim, tu que és a alegria soberana e verdadeira. [Eis a frase chave para se entender a alma do agostinianismo.] Tu os afastavas de mim e tomavas seu lugar, tu que és mais doce que qualquer prazer, embora não o seja para a carne e o sangue, tu que excedes em brilho toda luz, não obstante mais oculto que qualquer segredo nos nossos corações, tu que sobrepujas qualquer honra, embora não o seja assim aos que se exaltam a si mesmos (...) O Senhor, meu Deus, minha Luz, minha Riqueza, e minha Salvação.
Via: Citações Reformadas

Martinho Lutero: Você é um idólatra?

Quando o grande Reformador – Lutero – lia “não terás outros deuses diante de mim” – ele não apontava para a igreja Católica e esquecia os Protestantes – pelo contrário, aplicava aos Protestantes. Ele não dizia para as pessoas que foram abençoadas pela Reforma – “Está vendo, lá eles estão adorando outras coisas... mas nós...” – A verdade é que qualquer pessoa sensível a Deus lê a Bíblia contra si mesmo.

Lutero então dizia: “As pessoas que confiam e se apóiam na sua grande habilidade, na sua inteligência, no seu poder, no seu trabalho, na sua misericórdia, nas suas amizades, na sua honra... também tem deuses, mas tal deus não é o único Deus verdadeiro” –Portanto, ter um deus – significa possuir algo no qual o coração confia e descansa.

sábado, setembro 10, 2011

Maninho canta Pescador

PESCADOR
Mais qual é o meu caminho, qual a direção
E qual é o meu destino, minha vocação
Carregar tua palavra, qualquer direção
E chamar outras almas, e outros mares pescar
Pescador tal como Pedro, pedra quero ser
Entregar-te minha vida, quero renascer
E mostrar a cada irmão, que o real viver
Está dentro de nós, quando cremos no pai
A tua luz é o que vejo, e o caminho a brilhar
A tua face contemplo, quero a rede lançar
Sou pescador de homens,
Venha comigo, te ensino a pescar
Afasta tua barca da margem,
E lança a tua rede ao mar
A fé que trás essa fartura,
É a mesma que te mostrará
Que há famintos pelo mundo,
E só tu podes saciar.

Pasárgada - Jorge Camargo e Gladir Cabral


E a gente canta o que está no coração.

Quero ir para o Reino de Nárnia...

JOÃO ALEXANDRE no NMB 2011



Admiração, respeito e carinho por esse irmão que canta as coisas do céu.

Something to Say - Animação Legendada



Mercadore$ da Fé (D'Cristo)


Hoje, após moderar mais um comentário de um post sobre as artimanhas de Morris Cerullo e a sua Unção do Número Nove , percebi que embora o tenha escritot há mais de um ano, após assistir horrorizada o programa do Silas Malafia onde uma bíblia da Vitória Financeira era "doada" mediante uma pequena oferta de NOVECENTOS REAIS, ele ainda gera polêmica. 
Não era a minha intenção voltar ao assunto, mas após ler que Deus não é mesquinho, como diz o cerullo ele é estravagante,ele sempre tem mto mais para seus filhos, em um dos comentários moderado hoje, resolvi postar um vídeo que vi no blog Púlpito Cristão. Espero que a letra desse rap esclareça um pouco mais sobre o assunto.

segunda-feira, setembro 05, 2011

Anoitecer

Ao longo do bazar brilham pequenas luzes.
A roda do último carro faz a sua última volta.
Os búfalos entram pela sombra da noite,
onde se dispersam.

As crianças fecham os olhos sedosos.
As cabanas são como pessoas muito antigas,
sentadas, pensando.

Uma pequena música toca no fim do mundo.

Uma pequena lua desenha-se no alto do céu.

Uma pequena brisa cálida
flutua sobre a árvore da aldeia
como o sonho de um pássaro.

Oh, eu queria ficar aqui,
pequenina.



MEIRELES, Cecília. "Poemas escritos na Índia". Obra poética. Rio de Janeiro: Aguilar, 1967.

domingo, setembro 04, 2011

Onde estão os 'Janires' de hoje?

Por Antognoni Misael
Sempre que dou uma pesquisada na nossa música cristã de hoje em busca de algo novo tenho sempre a impressão de encontrar “mais do mesmo”. É sério! Não bastasse as centenas de comunidades ‘estilo louvor’, os famosos globais da Som Livre, a panelinha da MK – na ressalva, claro, da turma alternativa que se mantém na linha do Elo, Logos, VPC, João Alexandre, Jorge Camargo e todos dessa vertente – sinto bastante falta de gente criativa, irreverente e de peito aberto para enfrentar as engrenagens desse mundão. Então  parei um pouco e pude me perguntar “onde estão os 'Janires' de hoje”?


Não sei vocês, mas sinto muita falta de artistas evangélicos que formem opinião pra essa imensa juventude do "gospel"; que provoquem a cabeça e mentalidade juvenil promovendo nessa gente uma adoração com entendimento. Noto que é tão comum ver muitos 'fãs' lotando shows e gravações de DVD’s da turma gospel, mas que, quando confrontadas com a dura realidade da Igreja e do Brasil, apenas reproduzem os atos e discursos “proféticos” dos seus ícones sem que se portem de forma inteligente diante do mundo e das pessoas. Então quando ouço os discos do Grupo Rebanhão e/ou Banda Azul (ambas de idealizadas por Janires) tenho a sensação de que retrocedemos.


Volto a me perguntar: “onde estão os 'Janires' de hoje”? Onde estão os que ironizam os políticos corruptos e os edônicos comerciais da TV? Onde estão os que parodiam os filmes e imbecilizam as novelas? Cadê os 'Janires' que falam das realidades, de sonhos, fracassos, frustrações, do pecado e da miséria, mas sem nunca esquecer de revelar o fulgurante contraste da estonteante luz, a indizível graça e a paz de Jesus Cristo? Gente, chega de 'astro Gospel' fazendo arquivo confidencial no Faustão e recebendo homenagem no Raul Gil


Recordo que o Janires não era bem visto pelo "clero" evangélico da época. Era rejeitado pela roupa, cabelo, jeito de falar e seu estilo de música. Certa vez ao promover um evento em praça pública em São Paulo no intuito de tocar um rock pra evangelizar a thurma descrente, foi surpreendido pelas lideranças de algumas igrejas evangélicas as quais (sob inspiração da ditadura) proibiram que seus membros presenciassem aquele louvor em via pública. Gente, quando julgamos pela aparência perdemos a oportunidade de nos surpreender com as essências das pessoas - os que julgavam o Janires realmente não o conhecia - ele era um exemplo vivo de cristão autêntico. 


Num congresso de louvor que estive presente na cidade de Campina Grande-PB, ouvi do grande Paulão (do Grupo Logos) a curiosa história do dia em que o encontrou em um evento evangélico. Ele descreveu que viu um cara que se vestia bem diferente, roupa meio jogada, parecendo um hippie, com uma mochila de lado, sentado na escadaria do prédio e lendo um livro; ao achar aquela aparência fora dos padrões da época relutou em não julgar, e quando foi notado pelo próprio Janires, este rapidamente se levantou, ofereceu a paz do Senhor e um forte abraço no Paulo César. Paulão revelou que nos olhos daquele jovem via-se alegria e amor pelas pessoas; e aquele livro que o Janires  atenciosamente lia na escada era uma Bíblia bastante gastada e cheia de anotações.


Janires era intenso. Em plena época de ditadura no Brasil, não se conformava com a repressão militar e as injustiças. Quando integrante do Rebanhão, mostrou sua crítica em "Casa no céu": "Lá não terá vizinho reclamando o aumento da gasolina", "Lá não terá buraco no meio da rua", "Lá não terá trombadinha nem trombadão desrespeitando os 80km/h fugindo da poluição". Às vezes direcionava sua insatisfação aos próprios evangélicos. Na música "Etc e tal" disse: "Embaixo da ponte as pessoas roubando e matando... em cima da ponte...crentes tranquilamente se achando no direito de ficar descontentes com Deus, não comprou carro novo não”... Na sua composição mais conhecida, "Baião", fez uma análise da situação social do planeta: "Sem Jesus Cristo é impossível se viver nesse mundão, até parece que as pessoas estão morando no sertão, é faca com faca, é bala com bala, metralhadoras e canhões, até parece que a faculdade só tá formando lampiões... e o dinheiro anda mais curto do que perna de cobra”...


Pelo que li e ouvi daqueles que viveram próximo Janires, descobri que ele não andava ansioso com a vida, não se apegava a fama e a bens materiais. Quando morreu ficaram de legado apenas algumas roupas e seus equipamentos musicais. Um ex-integrante do Rebanhão, Paulo Marotta, confidenciou o seguinte :
"Janires não era um homem comum. Ele não se preocupava em casar, constituir família, arrumar um bom emprego, comprar isso ou aquilo, essas coisas que têm tanta importância para nós. Vivia do que produzia. Sua música, seu artesanato: camisetas e impressos em silk-screen. Frequentemente recebia ofertas, às vezes muito boas, mas sempre achava alguém que precisasse mais do que ele daquele dinheiro. Assim como recebia, dava generosamente".

Onde estão os Janires de hoje?
***
Janires Magalhães Manso iniciou sua carreira no fim da década de 1970 com o Grupo Rebanhão, após gravar quatro discos com o Rebanhão, deixou a banda e foi para Belo Horizonte, lugar onde conheceu um novo time de músicos e juntamente com eles formou a Banda Azul com a qual gravou o disco Espelhos nos Olhos em 1988, porém morreu em um catastrófico acidente automobilístico, quando voltava do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, antes do lançamento do disco.
DISCOGRAFIA DO REBANHÃO: http://bandarebanhao.blogspot.com/p/discografia.html

1º Sermão para a Natividade

Um Menino nasceu para nós: o Deus de majestade aniquilou-Se a Si próprio, tornando-Se semelhante, não apenas ao corpo terreno dos mortais, mas ainda à idade das crianças, imbuído de fraqueza e pequenez. Bem-aventurada infância, cuja fraqueza e simplicidade são mais fortes e mais sábias que todos os homens! Porque a força e a sabedoria de Deus realizam verdadeiramente aqui a Sua obra divina através das nossas realidades humanas. Sim, a fraqueza desta criança triunfa sobre o príncipe deste mundo; quebra os nossos laços e liberta-nos do cativeiro. A simplicidade deste Menino, que parece mudo e privado da palavra, torna eloquente a linguagem das crianças; Ele fala a linguagem dos homens e dos anjos. [...] Esta criança parece ignorante, mas é Ela que ensina a sabedoria aos homens e aos anjos, Ela que é na verdade [...] a Sabedoria de Deus e o Seu Verbo, a Sua Palavra.


Ó santa e suave infância, tu que restituis aos homens a inocência verdadeira, graças à qual, em qualquer idade, podemos regressar à bem-aventurada infância e assemelharmo-nos a ti, não pela pequenez do corpo, mas pela humildade do coração e pela doçura do comportamento! Certamente que vós, os filhos de Adão, que sois tão grandes aos vossos olhos [...], se não vos converterdes e não vos tornardes como esta criancinha, não entrareis no Reino dos céus. «Eu sou a porta do Reino», diz esta criancinha. Se o homem não se abaixar, esta humilde porta não o deixará entrar.
B. Guerrico de Igny
 Mosteiro Trapista

Os quatro amores - C.S. Lewis

Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente o seu coração vai doer e talvez partir-se. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo a ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva- se cuidadosamente nos seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar – ele vai mudar. Ele não vai partir-se – vai tornar- se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno.” –

C.S. Lewis em “Os quatro amores”    

Pensamentos...

“Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico
na música de seus versos.”
 

Cora Coralina

sábado, setembro 03, 2011

“Não estou no mercado gospel e não pretendo estar" Gladir Cabral

Artedechocar: Em 2009 foi lançado o DVD Casa Grande, um trabalho diferenciado tanto pela formatação de cenário, textura musical e letras recheadas de imaginário, poesia e celebração a vida. O que vem por aí no próximo DVD? Alguma outra novidade podemos aguardar?
Gladir Cabral: O primeiro DVD foi uma surpresa que ocorreu em minha vida, um presente de Deus. Não desejei nem planejei realizá-lo. Fui procurado pelos amigos da Luz para o Caminho, que fizeram a proposta. Não tenho planos para outro DVD e talvez essa experiência nunca mais venha a se replicar. Tenho vontade, sim, de gravar outro CD, voz e violão, algo bem simples e despojado, mas ainda não tenho persepectiva de como isso venha a ocorrer.
Artedechocar: Músicas como “Casa Grande” e “Terra em transe” trazem abordagens interessantes sobre questões sociais, de meio ambiente. Na sua ótica, o que torna uma música cristã, mesmo que esta trate de assuntos seculares? E como você relaciona adoração e música?
Gladir Cabral: Seguindo uma tradição Reformada, não vejo fronteiras definidas que separem atividades sagradas e mundanas. A vida cristã é um todo indivisível. Minha fé em Cristo está diretamente ligada à minha vida familiar, profissional, pessoal e social. Vivo segundo o princípio de Colossenses 3.17: "Tudo o que fizerem, seja em palavra ou em ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai". Portanto, não há compartimento desvinculado do Reino de Deus em meu viver. Dessa maneira, quando canto sobre o meio ambiente ou sobre os dilemas da escravidão humana, faço-o tranquilamente, tentando ver todas as coisas sob a ótica da fé em Cristo. A partir de Romanos 12, entendo a vida, em todos os seus variados aspectos e tensões, como um serviço de adoração a Deus. Nesse sentido, todas as minhas canções estão diretamente relacionados a esse "culto racional", no seu sentido mais amplo, existencial, histórico, corporal. Entretanto, nem todas as canções são litúrgicas no sentido convencional, visto que não são diretamente relacionadas a uma parte da liturgia tradicional ou mesmo contemporânea. Mesmo as que não são "litúrgicas", costumo cantá-las em minha Igreja, quando prego, geralmente para ilustrar uma parte da mensagem ou em algum outro momento do culto.
Não há música cristã, há cristãos que fazem música. Um cristão pode cantar vários gêneros musicais, ler vários poemas, contar histórias, parábolas, romances. Se um cantor secular, sem qualquer experiência pessoal com Deus, canta "Amazing grace" para um filme de Hollywood, ele está cantando só uma música popular. Se um cristão sinceramente canta "Amanhã, vai ser um novo dia, da mais louca alegria...." e a enche de plena significação, essa canção deixou de ser só uma música pop. Para mim, o grande critério para avaliar uma canção popular ou qualquer forma de arte feita por cristãos é saber até que ponto ela reflete, abriga ou transmite os valores do Reino de Deus. Às vezes, a mensagem cristã pode estar explícita na letra, outras vezes ela pode estar implícita. Tudo depende da hora em que se canta, do local e para quem se cantam as canções.
Artedechocar: O Cristão pode tocar secularmente? Você o faz? 
Gladir Cabral: Como disse, não creio na dicotomia religioso vs secular. Entendo a profissão de músico como digna para ser seguida por qualquer cristão, seja numa banda militar, numa orquestra sinfônica, num grupo de jazz, num estúdio, etc. Entretanto, certos ambientes são potencialmente perigosos para qualquer pessoa e a longo prazo podem trazer danos à saúde e à vida familiar. Conheço muitos músicos que tocam na noite, mas estabelecem limites, seguem princípios sobre o que tocar, até quando e em que ambiente. Muitos deles não fazem o que gostam e admitem as dificuldades. Acabam tocando um repertório pobre, por obrigação, e não o que gostariam de tocar.
Eu não sou músico profissional, sou professor. Ser professor hoje é tão difícil quanto ser músico. Na verdade, qualquer profissional cristão em qualquer área enfrentará dilemas éticos, conflitos, lutas, provações e correrá riscos. E creio firmemente que é preciso que haja cristãos comprometidos com o evangelho de Cristo tocando na noite, nas feiras, nos hotéis, a fim de darem testemunho do evangelho. Isso não é nada fácil.
Artedechocar: Ao que notamos, a relação “imaginação/criação” e “Deus/igreja” passa por uma crise séria no Brasil. Gostaria que explanasse um pouco sobre a relevância da criatividade na vida cristã e na igreja baseado em sua experiência de vida. 
Gladir Cabral: A imaginação é uma dimensão importante da vida humana. O Criador nos fez com essa capacidade criativa. Todos os inventos que hoje utilizamos em nosso dia a dia foram um dia imaginados na cabeça de alguém e depois viraram projeto. Sem imaginação, não há transformação da realidade, não há alegria, não há vida. A própria Escritura foi feita utilizando o recurso da imaginação: histórias, parábolas, poemas, canções... Precisamos redescobrir o valor da imaginação em nossa prática cristã cotidiana, na comunicação do evangelho, na arte, na vida diária. Há um grupo de cristãos nos Estados Unidos que desenvolve um projeto muito interessante em relação ao uso da imaginação na leitura das Escrituras, sob a liderança do músico cristão Michael Card: http://www.biblicalimagination.com.
Artedechocar: Já são sete Cd’s, um DVD, belas canções, mesmo assim dificilmente encontraremos Gladir Cabral nas paradas do “Sucesso Gospel”. Queria que falasse um pouco sobre seu posicionamento no mercado fonográfico, seu público, sua arte, seus sonhos.
Gladir Cabral: Não estou no mercado gospel e não pretendo estar. A música em minha vida é vocação, ministério. Para mim as canções são parte de minha vida e de minha atuação no mundo como ser humano e como servo de Deus, não são produtos a serem vendidos, rotulados, comprados, etc. Estou tranquilo em relação a isso. Vou levando desse jeito, ocupando espaços que me cabem, aceitando convites para pregar e cantar nas igrejas, universidades, colégios, interagindo com as pessoas via web e pessoalmente.
Artedechocar: Quais foram as suas influências musicais, e queria que citasse alguns nomes atuais que você tem por referência.
Gladir Cabral: Minhas influências musicais foram muitas e não tenho como lembrar de tudo o que ouvi e que me influenciou ao longe da vida: a música caipira, os hinos antigos, os Beatles, Bob Dylan, Chico Buarque, Gil, o Clube da Esquina, Beto Guedes, Milton, Mercedes Sosa, Violeta Parra, Victor Jara, Vencedores por Cristo, Jorge Camargo, João Alexandre... Quem mais? Não dá para nomear. Na música popular contemporânea, há muita gente fazendo coisas belíssimas: Mônica Salmaso, Lenine, Sara Tavares, Dulce Pontes... Não ouço rádio. Quando que me interesso por um músico, pesquiso e passo a ouvi-lo.
Artedechocar: Com que perspectiva você avalia a igreja brasileira atual, e a música evangélica em geral.
Gladir Cabral: Não há igreja brasileira atual, há igrejas brasileiras. A realidade é muito complexa e não dá para generalizar. Ninguém representa a Igreja brasileira hoje. Ninguém pode falar em nome dela. Temos um amontoado de movimentos, instituições religiosas, denominações, seitas mil... Cristo não pode ser confundido com isso tudo. Hoje em dia até mesmo o título de evangélico não quer dizer nada. Por exemplo, eu não me sinto representado pela chamada bancada evangélica em Brasília. Aliás, não quero qualquer vinculação com eles. Sou cristão, e só. Sou pastor reformado, e só.
A música chamada evangélica também está na mesma confusão. Não gosto de música gospel. Ela não me diz nada, não me toca. Respeito quem a faz, mas não consigo ouvi-la e muito menos cultivá-la. Gosto dos hinos antigos. Gosto de música não comercial, gosto do artesanal, do pessoal, do autêntico. Gosto de música popular brasileira em seu sentido amplo e verdadeiramente popular, não no sentido que a mídia rotula.
Ouço com muita atenção e prazer o som de Jorge Camargo, Gerson Borges, João Alexandre, Stênio Marcius, Nelson Bomilcar, Aristeu Pires, Vencedores por Cristo, Diego Venâncio, Silvestre Kuhlmann, Vencedores, Glauber Plazza, Fabinho, Vencedores, Carlinhos Veiga, Rubão, Roberto Diamanso, Sal da Terra, Alma e Lua, Aline Pignaton, Banda de Boca, Gerson Samuel, Crombie, e muito mais gente que não citei. Fora do Brasil, acompanho os passos de Michael Card, Sara Groves, Phill Keaggy, Andrew Peterson...
Artedechocar: Gladir, desde já queremos agradecer pelo carinho que fomos recebidos e pela sua disponibilidade. Que Deus possa te abençoe grandemente. Alguma consideração final a fazer?
Gladir Cabral: Muito obrigado pelo convite. Embora a música seja uma dimensão importante da minha vida, há outra parte que amo também profundamente: o silêncio. Costumo silenciar meu coração em oração. Esse exercício tem me ensinado muito a ouvir a voz do Senhor, a esperar, a aquietar o coração. Estar aos pés do Senhor, como fez Maria, é a melhor parte (Lc 10.38-42).

***

O Pássaro e a Oração

  

Você já viu um passarinho dormindo num galho ou num fio, sem cair? Como é que ele consegue isso? Se nós tentássemos dormir assim, iríamos cair e quebrar o pescoço!
O segredo está nos tendões das pernas do passarinho. Eles são construídos de forma que, quando o joelho está dobrado, o pezinho segura firmemente qualquer coisa. Os pés não irão soltar o galho até que ele desdobre o joelho para voar.
O joelho dobrado é o que dá ao passarinho a força para segurar qualquer coisa. É uma maravilha, não é?Que desenho incrível que o Criador fez para segurar o passarinho!
Mas, não é tão diferente em nós. Quando nosso "galho" na vida fica precário, quando tudo está ameaçado de cair, a maior segurança, a maior estabilidade nos vem de um joelho dobrado, dobrado em oração.
Se você algumas vezes, se vê num emaranhado de problemas que o fazem perder a fé, desanimar de caminhar; não caminhe mais sozinho, Jesus quer fortalecê-lo e caminhar consigo por toda sua vida! É Ele quem renova suas forças e sua fé, e se cuida de um passarinho, imagina o que não fará por você Seu filho amado, basta você CRER!

"Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós" 1 Pe 5:7
Autor desconhecido.