Prega a Palavra!
Entrevista com  Charles Swindoll
Quero pregar até que não tenha mais fôlego. Nada me incomoda  mais do que a idéia de me ‘aposentar’.
Por J. R. Kerr
Charles Swindoll, 75 anos, está se aproximando de um momento no qual  as pessoas costumam desfrutar suas vidas como aposentadas. Ele, todavia,  não abre mão de continuar a pregar a palavra, e as gerações mais jovens  ainda o têm como modelo. No passado, a Universidade Baylor e o  jornal Leadership o consideraram um dos melhores pregadores da  América. O Chanceler do Seminário Teológico de Dallas tem trabalhando  no ministério pastoral há mais de quarenta anos, e já contribuiu, de  diversas formas, com a publicação de mais de 70 livros. Suas pregações  têm sido transmitidas por mais de 2000 rádios em todo o mundo.
Swindoll, que também é o pastor sênior da Stonebriar Community  Church, em Frisco, Texas, começou a trabalhar recentemente em uma  série de 27 comentários bíblicos, dos quais o primeiro foi Insights  em Romanos (Zondervan). J R Kerr, um dos pastores da Park Community  Church, em Chicago, falou com Swindoll e pediu que ele desse alguns  conselhos a pastores mais jovens.
Tem havido uma renovação na pregação centrada no evangelho,  na qual o foco está na expiação, e em se fazer de Jesus um herói. Como  você responde aos críticos que dizem que uma pregação muito focada em  questões históricas tira a atenção do cerne do evangelho?
Ao apresentar o evangelho às pessoas, você as está apresentando algo  no qual possam acreditar. Para isso, é necessária toda uma preparação.  Você não chega, entrega a mensagem de maneira fria e se despede. É  necessário despertar um desejo no povo. Por exemplo, quando Jesus falou  sobre o semeador, ele não apresentou nenhuma fórmula. Ao invés disso,  ele se utilizou de uma realidade conhecida das pessoas – o semeador  saindo a semear – e talvez tenha até apontado para um semeador que fazia  seu trabalho, enquanto contava a estória. Ao expor uma mensagem às  pessoas, preciso fazer de tal forma que revele a elas as necessidades  dos seu dia a dia; sua história. Algumas das coisas mais importantes a  se pregar podem ser vestidas com roupagens históricas. É evidente que o  objetivo é o de sempre pregar a Cristo, sua graça, amor, misericórdia,  compaixão, discernimento e sabedoria. Acho que soa um pouco estranho  criar uma estória só para encaixá-la na mensagem do evangelho. Nem todo  texto carrega a mensagem do evangelho.
Quais conselhos o senhor tem para jovens pregadores? 
Gostaria que eles dissessem, ‘quero levar a sério minha tarefa de  pregar a Bíblia. Não vou ficar enrolando o povo, fazendo da entrega da  mensagem uma mera oportunidade de entretenimento. Quero apresentar a  elas a Palavra, fazer com que tenham interesse por sua mensagem. Quero  caminhar pelos livros da Bíblia, apresentando o que é importante, e  fazendo disso minha grande tarefa. Quero ser conhecido, em vinte anos,  como um expositor. Quero ser capaz de pegar as Escrituras e mostrar às  pessoas como elas são relevantes. Quero começar a expor Romanos 1.1, e  quando chegar ao final do capítulo 16, quero que as pessoas pensem,  ‘como eu pude passar metade da minha vida sem conhecer essa mensagem?
Se eu, em algum momento, tivesse escrito um livro sobre pregação, ele  conteria três palavras: pregue a Palavra. Livre-se de todas as  coisas que lhe prendem e impedem de expor o evangelho com pureza;  pregue a Palavra. 2 Timóteo 4.2 diz ‘pregue a Palavra a tempo e fora de  tempo’.
Um de meus mentores, Ray Stedmen, costumava dizer, ‘nunca tire o dedo  do texto, a despeito de você estar expondo-o ou aplicando-o. Faça com  que os olhos das pessoas estejam fixos nele, e fale acerca de Jesus’. É  simples assim.
Como o senhor pretende viver seus próximos anos?
Quero pregar até que não tenha mais fôlego. Nada me incomoda mais do  que a idéia de me ‘aposentar’. Coisas estranhas acontecem quando você se  descompromete. Primeiro você fica muito mais negativo; depois você  começa a contar para as pessoas sobre suas últimas cirurgias. Enfim você  acaba perdendo os contatos com os outros. E eu não quero perder  contatos.
Traduzido por Daniel Leite 
Fonte: Cristianismo Hoje 

Um comentário:
Olá! Irmã Meire, Graça e Paz...
Eu creio que uma pessoa que trabalha e vive pensando em aposentadoria, verdadeiramente, não ama o que faz, não dá para parar, pra curtir a vida, e ver os outros perdê-la, creio que seria terrível; e tratando-se de ministro do Evangelho, para mim Ele tem toda razão, não só ele, mas todos que amam as almas, com o mesmo amor que o Senhor nos amor.
Irmã Meire, eu estou colocando o seu blog na minha lista de favoritos, tudo bem?
Deus abençoe a sua vida...
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