GRANDE É ESTE MISTÉRIO
Deus escolheu o tabernáculo, no antigo testamento, para ali habitar.  Tal presença – no santo dos santos – tornava-se evidente pela glória.  Mas a glória de Deus, isto é, o brilho de sua presença, limitava-se ao  interior do tabernáculo. Não transcendia por entre as paredes de madeira  cobertas de ouro.
No novo testamento, Deus se “tabernaculou” em Jesus – na humanidade.  Jesus, enquanto homem, foi o tabernáculo da glória de Deus. Nele estava a  glória, escondida, e poucas vezes manifestada publicamente. Sem dúvida,  o momento mais glorioso desta manifestação foi a  transfiguração, quando Jesus permitiu a João, Tiago e Pedro   contemplarem o Deus que estava no homem.
Na cruz, Jesus rasgou o véu da separação, e o tabernáculo se desfez. A  glória de Deus foi plenamente manifestada. Após a ressurreição, Jesus  passou 40 dias com os discípulos e soprou sobre eles o Espírito  (trazendo para dentro dos discípulos a mesma glória).
Coletivamente, somos o tabernáculo onde esta glória deve se  manifestar. Mas as imperfeições do tabernáculo humano (nossa própria  natureza) representa um risco para a manifestação da santa glória. Por  isso o tabernáculo deste corpo terrestre há de se desfazer, para  recebermos um novo tabernáculo incorruptível, não feita por mãos, no  céu.
O processo por que devemos passar é o da cruz: cada vez que somos  anulados na nossa natureza adâmica, mais a glória de Deus transparece.  “Levando sempre o morrer de Jesus no corpo, para que a vida de Jesus se  manifeste também no nosso corpo”, sugeriu o Apóstolo.
A glória é um tesouro. Um tesouro em vaso de barro. A excelência do  poder é do Deus-tesouro que está em nós, não do vaso. Precisamos a cada  dia ir à cruz para que a glória se manifeste em nós.
Grande é este mistério!

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