Gostaria de fazer um apelo hoje aos meus amigos pastores e membros das igrejas evangélicas da cidade. Nos últimos anos, o movimento social que presido, tem travado batalha sem trégua contra as mortes violentas no Brasil. São três os motivos para o envolvimento com esta causa:
1- O conceito cristão referente à santidade da vida humana. Tocar no ser humano é atingir a menina dos olhos do Criador.
2- O natureza da missão da igreja, que não se resume em aumentar o seu rol de membros, mas fazer oposição a toda e qualquer expressão da presença da antivida nas sociedades humanas.
3- O contato com a dor dos parentes de vítimas de homicídio. Basta se colocar no lugar deles. Imagine chegar em casa, e olhar para o porta-retrato de um filho assassinado.
A segurança pública é uma das responsabilidades do Estado, que devem estar sob o acompanhamento mais atento por parte da sociedade. O motivo é simples: ela lida, nada mais nada menos, com o direito à vida. Quando somamos a isso, uma patologia social crônica, que representou nos últimos sete anos e meio 56 671 mortes violentas num único estado brasileiro, a atenção deve ser redobrada.
Pensando nisso, o Rio de Paz, em parceria com a ONU, está organizando mais uma conferência sobre segurança pública. Nosso objetivo é fazer uma análise sobre a segurança pública no Estado do Rio de Janeiro entre 2007 e 2010. Faremos um exame sob três perspectivas essenciais: redução de homicídio, reintegração social do preso e retomada de territórios que se encontram sob domínio armado de facções criminosas.
Peço a você, amigo pastor, que juntos, procuremos entender tema essencial da agenda de direitos humanos do nosso Estado. Precisamos ter acesso a dados concretos, em vez de fazermos análises intuitivas do problema, a fim de que nosso engajamento seja lúcido, consciente e baseado em fatos.
Não deixe de estar presente. A igreja não pode ficar à margem de drama social tão grave. Deus está perguntando para a sua igreja: onde está Abel, seu irmão?
Antônio Carlos Costa
Autor: Antonio Carlos Costa
Pitaco da Meire:Oxalá tivéssemos mais pastores como nosso irmão Antonio Carlos Costa! Mas quem disse que é necessário ser pastor para ter a mesma iniciativa?Preciso fazer uma reflexão sobre o quanto a minha omissão é prejudicial, não só na vida do outro, como também na minha vida. Será que essa minha inércia reflete Cristo para essa sociedade tão carente Dele? Sei que a resposta é não.Preciso sair das palavras, preciso aprender a ser gente, ser cristã, ser mais humana. Preciso responder o chamado de Cristo para minha vida: Ser Sal da terra e Luz do Mundo.
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