Não ao sopão
Secretário municipal diz que distribuição de comida a moradores de rua atrapalha ações da prefeitura.
Secretário municipal diz que distribuição de comida a moradores de rua atrapalha ações da prefeitura.
O secretário de Ordem Pública da cidade do Rio de Janeiro, Rodrigo Bethlem, criticou a distribuição de comida a moradores de rua realizada por entidades não governamentais e grupos religiosos.
"De fato, as pessoas que distribuem comida a moradores de rua acabam contribuindo para dificultar o trabalho de acolhimento que estamos desenvolvendo juntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social. Em operações, muitos se recusam a seguir para os abrigos porque não querem perder a hora do sopão", declara.
Entretanto, há os que não veem algo prejudicial neste tipo de atitude, como o filósofo Vitor Barrozo: "Eu acredito na frase de Betinho 'Quem tem fome tem pressa'. Se a prefeitura tivesse eficácia, eles não estariam aqui. Isso não é um incentivo, mas a sociedade não pode ficar omissa diante dessas situações".
Porém, é evidente que os moradores têm uma grande expectativa com relação ao sopão, o que para muitos é a única refeição do dia.
"A alegria do nosso dia é dormir de barriga cheia, vem ONG, evangélicos, padres, espíritas e dão cachorro-quente, quentinha, sopa, canjica. Porque, se depender da prefeitura, a gente não tem nada, não existe. Eles só querem nos recolher", afirma o ex-garçom Carlos, que atualmente mora nas ruas do Rio e luta contra o vício da bebida.
"De fato, as pessoas que distribuem comida a moradores de rua acabam contribuindo para dificultar o trabalho de acolhimento que estamos desenvolvendo juntamente com a Secretaria Municipal de Assistência Social. Em operações, muitos se recusam a seguir para os abrigos porque não querem perder a hora do sopão", declara.
Entretanto, há os que não veem algo prejudicial neste tipo de atitude, como o filósofo Vitor Barrozo: "Eu acredito na frase de Betinho 'Quem tem fome tem pressa'. Se a prefeitura tivesse eficácia, eles não estariam aqui. Isso não é um incentivo, mas a sociedade não pode ficar omissa diante dessas situações".
Porém, é evidente que os moradores têm uma grande expectativa com relação ao sopão, o que para muitos é a única refeição do dia.
"A alegria do nosso dia é dormir de barriga cheia, vem ONG, evangélicos, padres, espíritas e dão cachorro-quente, quentinha, sopa, canjica. Porque, se depender da prefeitura, a gente não tem nada, não existe. Eles só querem nos recolher", afirma o ex-garçom Carlos, que atualmente mora nas ruas do Rio e luta contra o vício da bebida.
Pelo visto o prefeito e seu secretário não gostaram da reportagem do Jornal Nacional, ficou mais difícil esconder os pobres da cidade.
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