quinta-feira, julho 09, 2009

A luta pelo poder


A luta pelo poder
Por: Tuta Moraes
Jonas 1:1-3
A luta pelo poder é algo muito falado e visto em todos os tempos e lugares. Desde crianças ouvimos falar sobre isso. As pessoas lutam por posições mais elevadas, passando por cima umas das outras, como degraus de uma escada que as leva ao topo. Todos desejam ser chefe de alguma coisa, do almoxarifado até às salas dos mais altos executivos. Essa luta está sendo travada nesse exato momento.
E eu me pergunto se o mesmo não acontece no plano espiritual. Quantos problemas surgem entre o povo de Deus, por causa da luta pelo poder, e eu gostaria de pensar na luta pelo poder que está sendo travada, individualmente, entre nós e Deus.
Deus deu ao homem o livre-arbítrio, deixando-o livre para decidir se aceita ou rejeita o controle DELE em sua própria vida. Jonas é um exemplo típico de uma pessoa em luta com Deus pelo poder.
A instrução do Senhor foi bem clara quanto a ida de Jonas à Nínive. "Nínive, Senhor? O Senhor está brincando!" A luta pelo poder estava começando. Ele tinha tomado a sua decisão. Embora fosse um servo do Senhor, naquele momento ele estava declarando quem tinha o controle de sua vida. Ele decidiu: "não irei"!
Quando a surpreendente revelação da vontade de Deus atingiu o coração de Jonas, ele pediu demissão. E começou fugindo para bem longe. Ele estava disposto sim, mas não em seguir a vontade de Deus. Ele queria servir ao Senhor e pregar a Sua Palavra, mas não estava disposto a ir para Nínive.
Em vez de ir para lá, foi para Jope. Pagou a passagem, embarcou no navio e partiu para Társis. Tendo recebido ordens para ir para Noroeste, Jonas foi para Oeste. Nínive e Tarsis, duas cidades em direções opostas, cada uma significando algo muito diferente para Jonas. Nínive era a cidade da confrontação, da dificuldade, da obediência. Tarsis era a cidade de fuga, da tranqüilidade, da desobediência.
Com essa atitude, Jonas esperava por fim à luta pelo poder em sua vida. Deus tinha autoridade sobre Ele, mas essa autoridade tinha um limite!
Mas agora pensemos no significado de tudo isso, tanto para Jonas, como para nós.
1º. Deus falou com Seu servo (v.1): "Veio a Palavra do Senhor a Jonas..."
Em toda nossa vida, e ministério, precisamos sempre ter plena certeza de que é Deus Quem deve falar conosco. Deus usa muitas maneiras para falar ao Seu servo, mas o fato é que não pode haver dúvida. Jonas era um profeta, e o Senhor estava enviando-o, para realizar uma missão muito importante.
E o mesmo ocorreu com todos os servos do Senhor, tanto no velho testamento, como no novo. Um exemplo clássico que podemos ver, está registrado em At.13:2 "... Separai-me agora a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado." Se Deus tem o poder sobre nossas vidas, se Ele tem o controle, temos que desejar ardentemente ouvir a Sua voz.
Certamente Ele tem um trabalho para cada um de nós, uma missão bem definida, e Ele quer falar, paremos, portanto, para ouvi-Lo.
2º. Deus deu uma ordem definida (v.2):
a) Quanto ao lugar: Ele falou com Jonas e deixou claro qual seria a sua missão, e onde ele deveria executá-la. Ele não simplesmente disse a Jonas para pregar, mas deixou claro onde ele deveria fazê-lo. Isso nos ensina que o Senhor quer nos orientar. Muitas vezes achamos que devemos fazer isso ou aquilo, seja lá onde for, mas eu creio que o Senhor sabe o lugar certo para cada um dos Seus servos. (Is.30:21).
b) Quanto à mensagem: Deus nos orienta quanto ao que devemos falar. Ele não nos envia para nada. Ele tem um propósito, por isso a mensagem é de fundamental importância. Na luta pelo poder, não podemos nos esquecer que nossa fidelidade depende de falar o que Deus manda, e não aquilo que achamos ser o certo.
Nos Jogos Olímpicos de 1960, uma revista estampou uma caricatura mostrando um maratonista levando a mensagem de vitória, entrando a tropeçar e esbaforido no palácio, prostrar-se diante do rei, e com um olhar confuso murmurar: "Esqueci a mensagem".
Ao ouvir algumas mensagens nos dias de hoje, eu me pergunto se não temos esquecido a mensagem.
3º. Jonas recusa a orientação de Deus (v.3):
a) A disposição em desobedecer: Sua atitude nos leva a pensar em quantas vezes temos feito o mesmo em nossa luta pelo poder. Estamos dispostos a servir ao Senhor e a seguir Suas orientações. Mas nem sempre o fazemos. A realidade mostra que muitas vezes estamos dispostos a fazer muita coisa para nos divertir, para estudar, para trabalhar, para progredir, mas nem sempre para servir. "Somos um tipo de Jonas que achamos difícil dizer sim ao que Deus tem de melhor para nós?"
b) Fugir da responsabilidade: Certamente Jonas sabia que não seria possível fugir da presença de Deus. Creio que a explicação mais coerente é que fugindo para Társis, ele pensava estar se livrando da responsabilidade que Deus tinha lhe dado. Essa é uma atitude que muitas vezes assumimos, achando que , pelo fato de estar fazendo algo, isenta-nos da responsabilidade que Deus havia nos dado.
Conhecemos a história de Jonas e sabemos quais foram as consequüências de sua desobediência - Ele precisou passar por uma dura provação, para, então, entregar o poder de sua vida nas mãos de Deus.
Diante disso pergunto: Quem está no controle de nossas vidas? Na luta pelo poder, o que está prevalecendo, a nossa vontade ou a de Deus?

2 comentários:

Anônimo disse...

me identifiquei muito e tenho me policiado a respeito disso.. tenho que servir muito mais só q a minha disposição p isso é bem pouca..rs

beijos

Meire disse...

Somos duas então mana Andréia, eita luta difícil essa, mas é recompesadora cada vitória!