Muito concretas e ponderadas as colocações e os pontos de vista da candidata à presidência da república, Marina Silva, especialmente quando tenta mostrar uma possível conciliação entre política e princípios fundamentais, o que são constitutivos, primeiramente, do ser humano e ratificado pelo Evangelho de Jesus Cristo. A acusação do Sr. Plínio à candidata Marina Silva, de que faz um discurso conciliador e que “pensa que Jesus vem resolver tudo sozinho”, ilustrando assim que isto que faz a candidata não é política porque não há um confronto com a realidade, parece-me sem fundamento, como sem fundamento é sua oposição ao uso dos símbolos religiosos nas repartições públicas.
Ninguém é tão bobo para se pensar que os problemas do Brasil resolver-se-iam unicamente por ações religiosas ingênuas. Ora, a fé não é isto, não é ingênua, mas uma proposta concreta de transformação e ao mesmo tempo um confronto. Gostei quando a candidata se defendeu, dizendo que “não pensa que Jesus vá resolver tudo”, ou seja, em outras palavras, sozinho não, mas a partir do momento em que cada cidadão, católico ou não, juntamente com os nossos representantes, deixem-se plasmar pelos valores perenes, então ai estará agindo a Boa Nova. A proposta de Jesus era concreta e não um teatro. Jesus dizia: “Vocês aprenderam assim, a Lei diz assim. Eu, porém, vos digo...! “Fico pensando – disse Marina Silva – nas questões que Jesus diria hoje quando falasse “Eu, porém, vos digo!”. Concluiu a questão deixando claro que que não há contradição entre os fundamentos da política quanto ao bem comum e a justiça pregada por Jesus.
Bastante louvável a iniciativa da TV Canção Nova e Aparecida em promover o debate entre os candidatos presidenciáveis. Só é lamentável que tenhamos sido privados da candidata do PT, Sra. Dilma, líder das pesquisas e que não justificou justamente a sua ausência. Que seja uma resposta para o povo brasileiro, especialmente para o povo católico. Fica a grande mensagam de que a Igreja está preocupada com a sociedade, com os problemas humanos porque ela leva em conta a integralidade da pessoa, visando o bem comum, é claro, mas, sobretudo, a salvaguarda dos direitos fundamentais em vista da vocação do homem à vida eterna. “Eu, porém, vos digo...”, com esta autoridade de Jesus podemos sim, fazer desta fé, não “uma revolução social”, mas um confronto por causa da verdade de que ai onde estiver uma pessoa humana estará sempre Jesus Cristo e Sua Igreja.
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