Já não volto a dizer
Já não volto a dizer“deves”
quem sou eu para empurrar
escada acima
fardos alheios
com palavras doces
penduradas em lojas
de conveniência?
Curvo-me perante todas essas
vidas tremidas
perdidas no templo
que é o mundo
os náufragos da espécie
com seus olhos grandes
e húmidos
à espera que certa manhã acorde
dentro do peito
e a luz suave e fresca da aurora
consiga romper
por detrás de uns olhos
mortiços.
(Brissos Lino) blog do Autor
Nenhum comentário:
Postar um comentário