Oração: Honestidade e não autopiedade.
Quando conhecemos uma pessoa, não é de imediato que nós nos abrimos ao seu relacionamento. Há sempre um pé atrás, uma desconfiança, algumas máscaras que impedem que uma das partes, ou ambos, se conheçam e sejam sinceros e honestos até que o tempo dê segurança para maior proximidade.
Quando pensamos, ou melhor dizendo, vivenciamos, o ato de orar, esse ato deve ser contemplado com honestidade, que, grosso modo, é uma qualidade de se apresentar verdadeiro em seus atos, declarações. E no caso da própria oração, honestidade em nossas petições, queixas etc, ao Deus que, sendo a própria verdade, nos conhece na maior das intimidades, antes mesmos de balbuciarmos qualquer palavra, nessas orações.
É claro que essa desconfiança e falta de honestidade é sempre da nossa parte, e nunca do Cristo. Engene Peterson nos diz que isso acontece, porque tal honestidade é confundida com autopiedade, pois, em alguns casos, quando nos colocamos de joelhos sentimos pena de nós mesmos[1]. Esse desvirtuamento se dá porque quando a nossa fé é provada em períodos difíceis, demonstramos ser pessoas diferentes daquelas que se relacionam, em oração, intimamente com o Cristo, ou seja: homens e mulheres de fé e autenticamente humanos.
Assim, “diante de Deus, por intermédio da oração, não permanecemos os mesmos. O pavor, a solidão, a dor e as queixas se acham em nós, mas não permanecem em nós”[2], pois Deus, em Cristo Jesus , sente todas as nossas dores.
Pr. Robinson
[1] Eugene Peterson, Ânimo: o antídoto bíblico contra o tédio e a mediocridade. São Paulo, Mundo Cristão, 2008, p. 94.
Nenhum comentário:
Postar um comentário