Formação de uma consciência em Cristo
por Daniela Correa
Esses tempos li um texto da cara jornalista Eliane Brum, cujo o titulo é A era dos adultos infantilizados e recomendo a leitura. Em seu texto Eliane tece sobre como a sociedade caminha para um rumo em que crescer, amadurecer, se torna cada vez mais uma raridade e, principalmente, da necessidade de re-querer mestres/aconselhadores em cada area da vida. Quando li este texto, logo me veio a mente a “igreja”. O templo é um lugar que reúne muitos e muitos indivíduos que, em grande parte, estao carentes, doentes emocionamente e precisam de uma mao amiga, uma ajuda. Assim o é. Se assim não fosse, Jesus não teria dito que veio para os enfermos. Isso não é um problema, necessariamente. Estar enfermo, carente, doente não é o natural, mas passageiro e momentâneo.
No entanto, assim como a sociedade, o “templo”, a “igreja”, é cheia de regras e situações que estimulam o sujeito a ficar infantilizado. Não é a toa que há tantos e tantos pastores que sofrem com o “assedio” das ovelhas. Assedio em todos os sentidos, mas principalmente, naquele que impede a maioria destes homens terem mais tempo livre para si e suas famílias. São contatados a todo instante – por telefone, por e-mail, por msn, por skype, por fax, ao vivo – pra que? Para responder as dúvidas das ovelhas, tais como: devo ou não devo comprar/vender/alugar/casar/divorciar/mudar de país/entrar com ação na justiça? Além de uma série de reclamações, choros, etc.
Estar enfermo, carente, doente não é o natural, mas passageiro e momentâneo.
Tudo isso até um certo ponto pode ser considerado normal, já que a relaçao ovelha-pastor é isso mesmo. Tratar feridas, aconselhar.. No entanto, percebe-se que as ovelhas ficam eternamente dependentes deste pastor-homem (e o contrario também existe, mas não vou entrar nesse aspecto – apenas pontuo aqui que ele existe e é tao forte quanto). As ovelhas dependem das palavras do pastor, das reações do pastor e isso significa: depender da consciência dele.
O evangelho é rico como alimento espiritual para ensinar a todos a terem suas consciências formadas em Cristo e não a formar indivíduos incapacitados de pensarem/decidirem por conta própria. O evangelho nos ensina a não depender de homens, mas do único mediador entre Deus e os homens, Jesus.
Voce quer saber como voce vive? Talvez voce tenha a consciência da “igreja” que voce frequenta. É como a educaçao que aprendemos na casa dos pais desde que nascemos. Podes perceber que cada crente, conforme a sua denominação, tem o mesmo linguajar, mesma vestimenta, mesmo agir na conformidade da placa da sua igreja. As doutrinas (que não o evangelho) que regem aquele local transformam-se na forma de pensar e viver do crente que ali vai. A pessoa crê que aquilo é sua consciência que faz. No entanto, tao logo ela muda de denominação sua consciência muda, tao logo ela sai de qualquer “igreja”, sua consciência continua a mudar. O que isso significa? Sua consciência era um reflexo do local que vivia, nada mais. Não havia nada de concreto, nada de firme e enraizado que lhe permitisse viver no dito “conforme sua consciência” independente do local que estivesse.
Alias, isso é muito difícil de se realizar. Pois uma “igreja” sempre vai levar os membros a terem a mesma consciência do local, mesmo vocabulário, mesmo tudo, enfim um “controle”. E quem tem uma verdadeira mente em Cristo, talvez terá muita dificuldade de se submeter em tudo a consciência alheia, que não seja o firme fundamento da vida e graça de Cristo.
Fonte: Meditar Dia e Noite
Um comentário:
daniela,amei o texto onde vc expressa muito bem a linha de raciocinio que nós os cristão verdadeiros temos combatido, hoje muitos de nós estamos nos esquecendo dos ensinamentos do nosso verdadeiro Senhor e pastor: jesus, e é muito dificil estar numa congregação que impoe suas regras e doutrinas,acostumadas a confiar no (maldito) homem e na força de seu braço, esquecendo-nos de que se o Senhor é por nós, quem será contra nós.
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