Por Leonardo Gonçalves
Em Atos dos apóstolos, no capítulo 1 e versículo 8, é dada uma ordem aos crentes de Jerusalém. Vemos a repetição da ordem missionária dada no final do evangelho de Mateus, mas dessa vez associada à vinda do Espírito Santo. A igreja de Jerusalém fora escolhida para levar o evangelho a todo mundo. Esta era uma igreja de muita oração, obra, doutrina, poder, mas era uma igreja caseira. Sem duvida tratava-se de uma igreja com muitos dons, espiritualista, sobrenaturalista, apostólica. Nela congregavam-se os 11 apóstolos do Senhor e Matias, o que fora escolhido para ocupar o lugar de Judas. Porém, foi uma igreja que jamais reconheceu o seu chamado. A igreja de Jerusalém se auto-centralizou; tudo desejava para si. Não vemos esta igreja abrindo congregações. O que vemos é uma igreja que possuía os mais capacitados obreiros, muitos dons, muito poder, mas incapaz de obedecer. Uma igreja poderosa, mas desobediente, pois jamais aceitou o desafio de evangelizar o mundo, e quando saiu, foi impulsionada pela perseguição. Recebeu muito, e fez pouco.
Já no capítulo 13 do livro de Atos, vemos uma igreja muito diferente daquela primeira. Era uma igreja gentílica, localizada na cidade de Antioquia. É interessante notar que o texto não menciona que esta foi uma igreja cheia de dons, obras, poderosa ou influente. Na verdade, segundo os paradigmas atuais, poderíamos classificá-la (aos olhos humanos) como uma igreja racional, teológica, teórica, tradicional. Sua ênfase não estava no poder, mas no ensino. O texto menciona a existência de doutores nesta igreja, entre os quais se encontrava Paulo de Tarso. É claro que a igreja de Antioquia não desprezava a espiritualidade: vemos que eles jejuavam, oravam. Porém, tudo isso era um complemento, e não um fim em si mesmo. Essa não era uma igreja emotiva, e sim uma igreja racional e obediente. Quando o Espírito Santo falou com a igreja acerca de missões, ela obedeceu e enviou dois de seus maiores líderes, Paulo e Barnabé. Essa foi uma igreja missionária, pois ofertou o que tinha de melhor. Foi uma administradora fiel dos bens recebidos.
A igreja de Jerusalém, aquela que tinha os apóstolos, que recebeu o pentecostes antes que todas, aquela que tinha toda a logística necessária para alcançar o mundo, fossilizou-se. Jamais venceu o próprio preconceito geográfico, nem a soberba genética. Apóstolos, dons, poder, muita unção... Tudo desperdiçado! E ao analisar o livro de Atos, o leitor verá que essa igreja é mencionada e logo entra no esquecimento. Só é lembrada por ocasião do Concílio, ou quando foi objeto da caridade gentílica. Não há mais menção dela em Atos, e pouca recordação há nas epístolas paulinas e gerais. Ela desejou ser uma grande igreja, investiu tudo em si mesma, mas caiu no esquecimento.
Com a igreja de Antioquia foi diferente. Ela não tinha a excelência de possuir entre seus obreiros homens que andaram literal e fisicamente com Jesus. Lá não havia um “colégio apostólico”, apenas alguns profetas e estudiosos das Escrituras, entre os quais Paulo e Barnabé. Ela não possuía todos os predicados que eram perceptíveis na igreja de Jerusalém, mas possuía as duas maiores virtudes missionárias: generosidade e obediência. Eles ofertaram o que tinham de melhor, enviando a dupla missionária aos outros gentios. O que a igreja de Jerusalém não fez, Antioquia fez através de Paulo e Barnabé. Aliás, se fizermos uma regressão cronológica, veremos que Paulo foi um pioneiro no continente europeu, de onde vieram os primeiros missionários para as duas Américas (do norte e latina). Portanto, podemos dizer que nós somos fruto da obra missionária de Antioquia!
Jerusalém é um exemplo de uma igreja que desperdiçou muitos recursos, e Antioquia representa aquelas igrejas que são obedientes e fiéis no pouco. Igrejas como Jerusalém, reúnem-se para si, investem apenas em si mesmos, querem construir um legado, mas a própria providencia se encarrega de apagar-lhes a memória. Um dia, todas elas serão esquecidas. Já as igrejas como Antioquia, deixam um legado permanente.
Já no capítulo 13 do livro de Atos, vemos uma igreja muito diferente daquela primeira. Era uma igreja gentílica, localizada na cidade de Antioquia. É interessante notar que o texto não menciona que esta foi uma igreja cheia de dons, obras, poderosa ou influente. Na verdade, segundo os paradigmas atuais, poderíamos classificá-la (aos olhos humanos) como uma igreja racional, teológica, teórica, tradicional. Sua ênfase não estava no poder, mas no ensino. O texto menciona a existência de doutores nesta igreja, entre os quais se encontrava Paulo de Tarso. É claro que a igreja de Antioquia não desprezava a espiritualidade: vemos que eles jejuavam, oravam. Porém, tudo isso era um complemento, e não um fim em si mesmo. Essa não era uma igreja emotiva, e sim uma igreja racional e obediente. Quando o Espírito Santo falou com a igreja acerca de missões, ela obedeceu e enviou dois de seus maiores líderes, Paulo e Barnabé. Essa foi uma igreja missionária, pois ofertou o que tinha de melhor. Foi uma administradora fiel dos bens recebidos.
A igreja de Jerusalém, aquela que tinha os apóstolos, que recebeu o pentecostes antes que todas, aquela que tinha toda a logística necessária para alcançar o mundo, fossilizou-se. Jamais venceu o próprio preconceito geográfico, nem a soberba genética. Apóstolos, dons, poder, muita unção... Tudo desperdiçado! E ao analisar o livro de Atos, o leitor verá que essa igreja é mencionada e logo entra no esquecimento. Só é lembrada por ocasião do Concílio, ou quando foi objeto da caridade gentílica. Não há mais menção dela em Atos, e pouca recordação há nas epístolas paulinas e gerais. Ela desejou ser uma grande igreja, investiu tudo em si mesma, mas caiu no esquecimento.
Com a igreja de Antioquia foi diferente. Ela não tinha a excelência de possuir entre seus obreiros homens que andaram literal e fisicamente com Jesus. Lá não havia um “colégio apostólico”, apenas alguns profetas e estudiosos das Escrituras, entre os quais Paulo e Barnabé. Ela não possuía todos os predicados que eram perceptíveis na igreja de Jerusalém, mas possuía as duas maiores virtudes missionárias: generosidade e obediência. Eles ofertaram o que tinham de melhor, enviando a dupla missionária aos outros gentios. O que a igreja de Jerusalém não fez, Antioquia fez através de Paulo e Barnabé. Aliás, se fizermos uma regressão cronológica, veremos que Paulo foi um pioneiro no continente europeu, de onde vieram os primeiros missionários para as duas Américas (do norte e latina). Portanto, podemos dizer que nós somos fruto da obra missionária de Antioquia!
Jerusalém é um exemplo de uma igreja que desperdiçou muitos recursos, e Antioquia representa aquelas igrejas que são obedientes e fiéis no pouco. Igrejas como Jerusalém, reúnem-se para si, investem apenas em si mesmos, querem construir um legado, mas a própria providencia se encarrega de apagar-lhes a memória. Um dia, todas elas serão esquecidas. Já as igrejas como Antioquia, deixam um legado permanente.
Concluo esta meditação com algumas perguntas:
1. O que você tem feito com os muitos recursos, talentos, dons que Deus te deu?
2. Que tipo de crente você parece mais: com os de Jerusalém ou os de Antioquia?
3. Qual dessas duas igrejas se parece mais com a nossa realidade eclesiástica brasileira?
4. É possível reverter este quadro? Como?
Um resumo da mensagem pregada no culto missionário na igreja Assembléia de Deus em Santa Rita do Sapucaí, no dia 14/06 - domingo.
- Título Original (tema da mensagem): Jerusalém e Antioquia: O perfil de duas igrejas. Uma reflexão sobre a missiologia pentecostal contemporânea.
Texto extraído do blog Púlpito Cristão.
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