Corações fragmentados
Se reservássemos um dia no mês para avaliar nossa atuação no palco da vida, certamente ficaríamos espantados com o que descobriríamos. Aliás, um dia seria muito tempo – isso em se tratando de gente como a maioria de nós, que não consegue separar nem sequer uma hora para um momento de silêncio reflexivo.
A fim de sobreviver nesta era, tivemos que nos adaptar às incontáveis mudanças de paradigmas, valores e comportamentos.
Adaptados, tornamo-nos sobreviventes. Mas sobreviver não é o bastante. Não nascemos para isso, deveríamos viver – em todos os sentidos desta palavra.
A necessidade de adaptação não considerou a indispensabilidade da qualidade de vida.
Alguns de nós migraram rapidamente para o nosso atual estilo de vida; outros já nascemos nele. Ambos sem compreender de imediato suas conseqüências.
Hoje somos seres fragmentados. Realizamos o impossível, fazemo-nos presentes em diversos lugares ao mesmo tempo (a virtualidade é milagrosa), desincumbimo-nos de várias tarefas simultaneamente. Trabalho, MSN, Orkut, e e-mails se fundiram incrivelmente.
Não obstante, os nossos corações se fragmentaram em decorrência das urgências do dia-a-dia e da exigência de dar resultados, de ter uma vida produtiva; e produtivo é quem faz muito em pouco tempo.
Estamos estudando, mas nossa mente está no trabalho; trabalhando, mas desejando o lazer; descansando, só que com preocupações múltiplas dominando nossas mentes e corações num autoritarismo irresistível.
“Onde está o seu tesouro aí estará o seu coração”, foi o que disse Jesus. Mas o que dizer desta geração que possui tantos tesouros? Que classificou quase todos os seus desejos como indispensáveis? Que qualificou todos os prazeres como inadiáveis?
À procura dos nossos tesouros, impusemo-nos a maldição de estar em todos os lugares e não estar em lugar algum (está claro agora que a Onipresença é um atributo exclusivo de Deus).
Nosso alívio talvez seja encontrado em um único objetivo apenas: inteireza de coração. Mas há esperança, ainda há tempo para reverter o processo cancerígeno da fragmentação de nossos corações, nossas almas.
Receio não dar conta de levar a diante este plano. E confesso, na prática é bem doloroso. A experiência pessoal me leva a dizer que não será fácil, e que as derrotas são muitas vezes mais expressivas que as nossas vitórias. O que era de se esperar, já que carregamos em nossos corpos e mentes os vícios e transtornos mentais característicos deste tempo.
No entanto, lutar e viver são quase sinônimos. Não há quem não tenha sua batalha pessoal, e nossas batalhas são resultantes de nossas escolhas. Quais batalhas queremos travar? Quais conquistas almejamos?
Eu fiz minhas escolhas. Vou desfragmentar meu coração, me tornar inteiro, quero viver...
A fim de sobreviver nesta era, tivemos que nos adaptar às incontáveis mudanças de paradigmas, valores e comportamentos.
Adaptados, tornamo-nos sobreviventes. Mas sobreviver não é o bastante. Não nascemos para isso, deveríamos viver – em todos os sentidos desta palavra.
A necessidade de adaptação não considerou a indispensabilidade da qualidade de vida.
Alguns de nós migraram rapidamente para o nosso atual estilo de vida; outros já nascemos nele. Ambos sem compreender de imediato suas conseqüências.
Hoje somos seres fragmentados. Realizamos o impossível, fazemo-nos presentes em diversos lugares ao mesmo tempo (a virtualidade é milagrosa), desincumbimo-nos de várias tarefas simultaneamente. Trabalho, MSN, Orkut, e e-mails se fundiram incrivelmente.
Não obstante, os nossos corações se fragmentaram em decorrência das urgências do dia-a-dia e da exigência de dar resultados, de ter uma vida produtiva; e produtivo é quem faz muito em pouco tempo.
Estamos estudando, mas nossa mente está no trabalho; trabalhando, mas desejando o lazer; descansando, só que com preocupações múltiplas dominando nossas mentes e corações num autoritarismo irresistível.
“Onde está o seu tesouro aí estará o seu coração”, foi o que disse Jesus. Mas o que dizer desta geração que possui tantos tesouros? Que classificou quase todos os seus desejos como indispensáveis? Que qualificou todos os prazeres como inadiáveis?
À procura dos nossos tesouros, impusemo-nos a maldição de estar em todos os lugares e não estar em lugar algum (está claro agora que a Onipresença é um atributo exclusivo de Deus).
Nosso alívio talvez seja encontrado em um único objetivo apenas: inteireza de coração. Mas há esperança, ainda há tempo para reverter o processo cancerígeno da fragmentação de nossos corações, nossas almas.
Receio não dar conta de levar a diante este plano. E confesso, na prática é bem doloroso. A experiência pessoal me leva a dizer que não será fácil, e que as derrotas são muitas vezes mais expressivas que as nossas vitórias. O que era de se esperar, já que carregamos em nossos corpos e mentes os vícios e transtornos mentais característicos deste tempo.
No entanto, lutar e viver são quase sinônimos. Não há quem não tenha sua batalha pessoal, e nossas batalhas são resultantes de nossas escolhas. Quais batalhas queremos travar? Quais conquistas almejamos?
Eu fiz minhas escolhas. Vou desfragmentar meu coração, me tornar inteiro, quero viver...
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