Onde Deus está?
Gosto de pensar em Elias e Jonas e quanto eles têm muito em comum. Pelo menos, posso afirmar que os dois ousaram discordar de Deus. Elias voluntariamente engrutou, enquanto Jonas, compulsoriamente, empeixou. Deus usou um de seus milhares de atributos para lidar com esses dois malandros. Pacientemente, mostrou onde ele estava e o que realmente desejava deles, esclarecendo a confusão por eles armada, cada qual em seu contexto, devidamente municiadas pelas noções equivocadas por eles acalentadas. Deus não estava onde Elias queria e, muito menos, desejava dar ao Criador aquilo que ele esperava dele. Com Jonas deu-se exatamente o mesmo. Deus veio e à Gruta e desconstruiu as noções equivocadas do profeta. Fez o mesmo com Jonas e, duas vezes, na barriga do peixe e ao lado da aboboreira.
As pessoas engrutam-se ou empeixam-se ao longo da história da civilização. Esses personagens bíblicos não foram os primeiros e, muito menos, os últimos. A razão ou a justificativa capaz de levar tantos a essa exclusão voluntária ou compulsória começa e termina nas falsas crenças de cada um.
Nesta páscoa, resolvi trocar os ovos de chocolate, afinal eles não chegaram por aqui, por textos politicamente incorretos, contrariando as crenças vigentes sobre a morte, a vida e a ressurreição. Os leitores, que não foram poucos, não manifestaram opinião. Um ou outro, com maior cuidado, sinalizou. Mas ninguém criou coragem para contestar veemente o velho e sofrido escritor. Puro respeito a um quase moribundo.
O velho Hamlet fora assassinado por seu irmão Cláudio que usurpou as duas coroas dele, a de por na cabeça e a de por na cama. Morto, não teve outra alternativa a não ser aparecer em espectro ao seu filho e revelar as imagens do assassinato e de seu autor, legando assim ao jovem a sinistra missão de vingar-lhe e restaurar-lhe a honra.
Considerado um louco, tanto ou mais que Hamlet, ando movido pelo espectro de um Senhor que me legou a tarefa de restaurar-lhe a honra, revelando ao povo (meus preclaros leitores) a face oculta de alguém como Cláudio que usurpou o trono da Dinamarca e tomou as duas coroas para si. Penso que o trono do reino de Deus na terra foi usurpado e o usurpador tomou para si o reino e a noiva, como fez o cretino do Cláudio.
As pessoas desconfiadas correm para a Gruta ou são levadas à barriga do peixe, temerosas de não estarem mais vendo ou ouvindo a voz do Senhor. Pior, só um espectro lhes aparece com imagens tenebrosas de água manchada com sangue, sexo ilícito e dinheiro de origem maligna. Então, elas ouvem a voz que lhes chama pelo nome e lhes diz: “Não estou onde você pensa que estou. Você tem me procurado nos lugares errados“.
“Eu moro no silêncio”.
Lou Mello
As pessoas engrutam-se ou empeixam-se ao longo da história da civilização. Esses personagens bíblicos não foram os primeiros e, muito menos, os últimos. A razão ou a justificativa capaz de levar tantos a essa exclusão voluntária ou compulsória começa e termina nas falsas crenças de cada um.
Nesta páscoa, resolvi trocar os ovos de chocolate, afinal eles não chegaram por aqui, por textos politicamente incorretos, contrariando as crenças vigentes sobre a morte, a vida e a ressurreição. Os leitores, que não foram poucos, não manifestaram opinião. Um ou outro, com maior cuidado, sinalizou. Mas ninguém criou coragem para contestar veemente o velho e sofrido escritor. Puro respeito a um quase moribundo.
O velho Hamlet fora assassinado por seu irmão Cláudio que usurpou as duas coroas dele, a de por na cabeça e a de por na cama. Morto, não teve outra alternativa a não ser aparecer em espectro ao seu filho e revelar as imagens do assassinato e de seu autor, legando assim ao jovem a sinistra missão de vingar-lhe e restaurar-lhe a honra.
Considerado um louco, tanto ou mais que Hamlet, ando movido pelo espectro de um Senhor que me legou a tarefa de restaurar-lhe a honra, revelando ao povo (meus preclaros leitores) a face oculta de alguém como Cláudio que usurpou o trono da Dinamarca e tomou as duas coroas para si. Penso que o trono do reino de Deus na terra foi usurpado e o usurpador tomou para si o reino e a noiva, como fez o cretino do Cláudio.
As pessoas desconfiadas correm para a Gruta ou são levadas à barriga do peixe, temerosas de não estarem mais vendo ou ouvindo a voz do Senhor. Pior, só um espectro lhes aparece com imagens tenebrosas de água manchada com sangue, sexo ilícito e dinheiro de origem maligna. Então, elas ouvem a voz que lhes chama pelo nome e lhes diz: “Não estou onde você pensa que estou. Você tem me procurado nos lugares errados“.
“Eu moro no silêncio”.
Lou Mello
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