Para mim tudo começou com o "A Vida após a religião", texto publicado no Celebrai!, pelo maninho Will, foram muitas as repostas apoiando esse texto. E o debate foi aberto, alguns contra e muitos a favor do posicionamento do dele.
Quanto a mim, amo viver em comunidade, amo meus irmãos que Deus me deu, eles sempre me deram muita força e puxões de orelha quando necessitei, mas mesmo que virtualmente, convivo bem com o Will que pensa diferente de mim, ele é um rapaz inteligente, ainda que palmeirense fanático. Sei que posso aprender com ele e, espero que a recíproca seja verdadeira.
Essa é uma introdução de um texto que achei no blog it.sounds..like… que estou republicando aqui no Pensar e Orar , mas antes deixo minha opinião que postei no blog Celebrai! sobre o texto A vida após a religião. Passem por lá e confiram, deixem sua opiniões.
E que fique bem claro: esse post não é para confrontar nem ao Will, nem ao Mário Fagundes , mas sim a proposta para alagarmos nossa visão. Em Cristo somos todos irmãos, braços dados ou não...
Em Cristo caminhamos todos para o mesmo lugar, com o mesmo amor e no mesmo batismo.
Fiquem na paz.
Meire disse... Acrescento uma pergunta mano:
É possível um palmeirense, como você, não ser um religioso?
Não é debate sobre time, tampouco uma mera provocação, apenas um devaneio: O futebol não seria a maior religião que temos no Brasil?
Tudo bem que existe um rodízio de deuses, vide o exemplo do goleiro Marcos, do atacante corinthiano Ronaldo, etc.
Cada torcida tem:
- Uniforme - para ser identificado como um ser que pertence aquele grupo;
- Hinos - para aclamar o deus, que une tantos diferentes como uma irmandade;
- Corinhos - para inaltecer o deus, mas também para zombar dos deuses alheios;
- União entre os adoradores do mesmo deus - ainda que essa "irmandade" aconteça apenas dentro do "estádio - igreja";
- Passividade - a aceitação pacata em pagar altos preços para participar do culto, ainda que o "estádio - igreja" não ofereça conforto algum.
Essas são apenas algumas das muitas coisas em comum, entre religião e futebol.
E só pra que ninguém me confunda com um louca religiosa, sou tricolor paulista até morrer, iniciei minha filha nesse mesmo caminho, mas assim como eu, ela apaixonou-se por um corithiano, com a diferença de que ela ainda não casou, mas apesar de tudo, o rapaz é um bom moço, assim como meu marido é maravilhoso. Eles só tem esse defeito, mas na hora do jogo, mantemos distância.
E esse foi meu comentário deixado no blog do Will, leia agora o texto do Mário Fagundes:
Futebol – uma idolatria
Cada dia que passa fico impressionado com o que tem acontecido nos campos de futebol. Principalmente com a semelhança entre clubes de futebol e as religiões.
Vamos ver:
- Toda a religião tem um nome, todo o time também;
- Toda a religião tem seu templo, os times tem os seus estádios;
- Toda a religião tem seu púlpito, de onde procede o ensino, todos os times tem suas preleções;
- Toda a religião tem seu guia, todos os times tem seus técnicos;
- Toda a religião tem seus “santos especiais”, todos os times tem seus jogadores especiais;
- Toda a religião tem seu líder, todo os times tem seus capitães;
- Toda a religião tem seus cânticos de louvor, todos os times tem seus hinos e músicas cantadas pelos seus adoradores;
- Toda a religião tem seus seguidores, todo o time tem a sua torcida;
- Toda a religião tem suas facções, todos os times tem as suas torcidas organizadas;
- Toda a religião tem os seguidores ardorosos e fanáticos, todo o time também;
- Toda a religião tem uma estratégia de ação, todo o time tem um esquema tático;
- Toda a religião tem seus retiros, todo time tem sua concentração;
- Toda a religião tem dízimos e ofertas, todo o time tem seus sócios e arrecada dinheiro com seus artefatos;
- Toda a religião tem suas reuniões no templo, todo o time tem sua reunião no campo;
- Toda a religião tem o seu momento de adoração, de êxtase, todo o time tem o seu, no gol;
Hoje o futebol é a maior de todas as religiões, tem torcedores de todas elas. Muitos que adoram os times, não adoram a Deus, mas muitos que adoram a Deus, também, adoram os times. Muitos são capazes de defender com muita paixão o seu time, mas não tem a mesma disposição para defender a sua fé.
Mário Fagundes – Candidato a servo inútil
Um comentário:
Sinto pelo péssimo gosto por times que vocês tem. Já que meu time figura como primeiro colocado do campeonato brasileiro.
Mas de resto achei a analogia muito simplista - sério mesmo - é como comparar mares com rios, ou nuvens com chuvas.
Eu entendi os paralelos, mas mesmo assim não creio que isso se encaixe ao texto do Will ou a mim mesmo.
Embora não concorde com quem diga que para sair da religião é preciso sair da igreja.
Vejo muito isso como uma fase em nossa vida cristã que talvez passe oou talvez não passe.
Já tive meus momentos e não suportava a idéia da sistematização do evangelho que a igreja, engessando a graça e a tornando lei por suas proibições em nomes de conceitos morais debruçados em culturais contemporaneas e locais.
Mas com o tempo percebi que dá para eu estar na igreja e ser igreja - já que esta é a grande questão de todos.
Contudo,etimologias são morfológicas e fazer paralelos sobre palavras como religião e crente é algo muito dificil por que nada é utopia de preto e branco ou sim e não.
Tudo é muito interpessoal, são experiências do individuo e do individuo para com o próximo.
Enfim... ócio no trabalho me fez escrever muita coisa.
Abraço!
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