domingo, julho 11, 2010

Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça

Compartilho este surpreendente poema de Eugene Peterson.

 

Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça

A descrença implume cairia como uma pedra 
Através da plenitude de ventos ascendentes, em camadas; o falcão
De cauda vermelha voa e paira, sem pressa
Embora faminto, despreza preguiçoso
As refeições fáceis de refugo putrefato,
Esperando astutamente a presa esquiva: um vazio visível
Sobre uma invisível plenitude.
O sol pinta de cobre a cauda japonesa em leque, estampando
Penas contra o imenso céu
Para minha delícia, e abençoa
Com um feixe de luz o pássaro de melhor visão
Que se atira veloz sobre uma serpente
Em uma morte determinada pelo Gênesis
(Eugene Peterson, tradução de Neyd Siqueira, O Pastor Contemplativo, p. 111)

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