domingo, julho 25, 2010

Voltando a falar de vulnerabilidade

Voltando a falar de vulnerabilidade


Semana dessas me peguei pensando sobre vulnerabilidade. Inclusive escrevei sobre isso e criei minhas próprias teorias loucas que não sei se são verdades absolutas, mas que ao menos têm funcionando pra mim. Cheguei à conclusão de que é impossível se relacionar sem se tornar vulnerável. É como diz o trecho de uma canção de Vinícius de Morais que gosto muito: “Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar alguém”.

Pesquisando textos de C. S. Lewis na internet essa semana, me deparei com um texto seu que reflete exatamente o pensamento que tenho tido sobre vulnerabilidade. É  a mesma linha de  pensamento só que organizada por um mestre das palavras e das idéias. Ai  está:

Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente o seu coração vai doer e talvez partir-se. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo a ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva- se cuidadosamente nos seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar – ele vai mudar. Ele não vai partir-se – vai tornar- se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno.” –

C.S. Lewis em “Os quatro amores”  

Via Observatório do Cotidiano

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