sexta-feira, setembro 11, 2009

O Final do Caminho das Índias. Será?

Ivete Sangalo ligou para a atriz Juliana Paes dizendo que não aguentava mais de tanto chorar ao ver o sofrimento da protagonista de "Caminho das Índias". Juliana conta que recebeu a ligação da cantora baiana, que estava aos prantos.
- Ela me disse: 'Menina, eu estou grávida, não faça isso comigo. Meu bebê vai nascer antes da hora por causa de Maya' - diz a atriz, que também se emocionou com a dor da personagem.
Mas, no final da novela das oito, que vai ao ar nesta sexta-feira, dia 11, Maya terminará com Raj (Rodrigo Lombardi).  
Meire diz:
Não assisti a nenhum capítulo da novela Caminho das Índias, nada posso dizer sobre ela a não ser o óbvio: Aquilo não é a Índia!
Sem querer ser hipócrita, (já chorei vendo filmes), mas chorar com novela é um pouco demais pra minha imaginação. Será que ninguém vai chorar pelos Dalits? Não precisa ser os intocáveis da Índia, nós temos nossos Dalits aqui no Brasil, assim como temos o Hait no Brasil, como bem lembrou Gilberto Gil e Caetano Veloso.
Quem são os Dalits indianos e os Dalits brasileiros?
Caminhos do Mundo, cruel mundo onde a estratificação social não para:
Os mendigos da Bahia à esquerda, isolados na época do carnaval.Essa aparente ou cantada festa de congraçamento universal se dá em compartimentos estanques. Cada macaco em seu galho, e é claro que os mendigos não cabem nesta festa.
Assim como não couberam na recepção do Papa Bento XVI: A Polícia Federal (PF) deve afastar todos os moradores de rua da praça da Sé, no centro de São Paulo, horas antes da chegada do papa Bento XVI, no dia 11 de maio. 
Discriminados e oprimidos, Dalits são freqüentemente vítimas de violentos crimes. Em 15 de Outubro de 2008 no Estado de Haryana, cinco jovens Dalits foram linchados por uma multidão por tirarem a pele de uma vaca morta, da qual eles tinham legal direito para fazer. 
Jornais
Nenhum de Nós

Por: Pinnas
Quantos filhos esperaram a chegada de seus pais
Tantos deles não vieram Não chegaram nunca
A calçada não é casa, não é lar Não é nada
Nada mais do que um caminho que se passa
Tão estranho pra quem fica... pra quem fica
As palavras no asfalto, nessa vida são tão duras
O carinho não consola, mas apenas alivia
A calçada não é cama Não é berço Não é nada
Nada mais nos faz humanos sem afeto
E o medo é um abraço tão distante de quem fica
Onde vai? Nós estamos de passagem
Onde vai? Onde a rua nos abriga
Onde vai? Estamos sempre de partida
Onde vai? Onde a rua nos abriga desse frio
As pessoas que se enrolam nos jornais não são mais notícia
Elas não esperam de um papel de duas cores mais que um pouco de calor
A calçada não é pai Não é mãe Não é nada
Nada mais do que um abrigo, um refúgio
Tão estranho pra quem passa... Pra quem passa

Publicado no Recanto das Letras em 15/01/2006

E nós continuamos ocupados em contruções de mega templos, para mega eventos, com mega multidão pra louvar à Deus, pois nosso Deus é Um Deus de coisas grandes e precisamos dar o melhor para Ele.

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