Fernando Galli
Quando eu era pequenino, eu era fã do Homem de Ferro. Também gostava do Capitão América, o Incrível Hulk, o Poderoso Thor. Ah, tinha também o Super-Man, claro, com a Mulher Maravilha. Era uma patota fantástica. Eu me divertia porque eles chamavam muito a atenção para si mesmos. Eles faziam cara de metidos, arrogantes, poderosos, mas eram meros desenhos. No entanto, quantas vezes apanhei da minha mãe porque pegava as tampas de panelas e fingia ser o Capitão América, e pedia para os colegas atirarem pedras contra mim, pois a dita tampa me protegia, mas chegava toda marcada de pedradas. Outras vezes, eu pegava uma toalha de mesa e amarrava nas costas, pois eu me tornava o Super-Man. Que vontade de ser um super-heroi. Bons tempos! Eu cresci, desisti de assistir à Liga da Justiça, pois meus desenhos prediletos deram lugar a filmes românticos e de ficção. Gosto não se discute. Mas, por incrível que pareça, para quem estuda seitas, heresias e movimentos neopentecostais como eu, Deus me deu o privilégio de me divertir com nomes dos super-herois da fé. Quem são eles? Qual é a deles? Dá-me paciência, ó Deus! Eu rio, mas a coisa é séria. Nesse cartaz ao lado, e em outros que tenho colecionado, podemos observar o lugar que Jesus ocupa nessa sinopse de um filme a que estamos cansados de assistir. Jesus não está nesses cartazes, porque eles são produzidos para promover pessoas e não para representar o nome que está acima de todo nome. (Filipenses 2:9-11) Muitos líderes evangélicos fazendo um papel de super-herois da fé. Observe com carinho: O LORD DO FOGO (O SENHOR DO FOGO); O HOMEM DA ORAÇÃO FORTE; O APÓSTOLO DOS MILAGRES; PASTOR VOZ DE TROVÃO; SARA CANELA DE FOGO; MISSIONÁRIO FOGO PURO; LOCAL: QUADRA DO BARRIGA
Eu imagino se o apóstolo Paulo ressuscitasse em nossos dias e visse isso, o que será que ele diria? Por que isso acontece? Porque o povo evangélico gosta de show, e gosta de ver seus super-herois ao vivo. São crianças. Lembro-me, certa vez, que aos sete anos eu sonhei que o Ultra-Man veio me visitar. Quando minha mãe me acordou com o leite na mão, para eu ir à escola, exclamei irado: "Ara, agora caramba!" Eu sei que esses evangélicos crianças na fé odiariam ser acordados de seus sonhos e ilusões. Eles precisariam saber que Jesus é o centro de tudo, e que esses cartazes menosprezam a pessoa de Cristo e exaltam homens que brincam de parecer poderosos. Não estou chateado com o local do Mega encontro chamar-se Quadra do Barriga, pois haja barriga para engolir tamanha ousadia. Dir-me-ão os meus críticos: Você não preferiria vê-los ali, falando de Jesus, em vez de vê-los nos bares e esquinas, bêbedos? Minha resposta é: Prefiria vê-los no templo, servindo a Jesus, com a Bíblia na mão, e conhecimento na mente, e Espirito Santo no coração. Preferiria vê-los falando do fogo (gíria evangélica) fazê-los crescerem na fé e no conhecimento, e não de FOGO NA CANELA. Lamento por tudo isso. Muitos dali, diria, são meus irmãos em Cristo, mas com que propósito se iludem com essa publicidade infantil? Às vezes acho que até o Capeta dá risada disso, e exclama: "O Deus, não sou eu não quem está incentivando isso!" Custa-me acreditar que o Diabo faria tamanha palhaçada, tamanho espetáculo. E se muitos se convertem, é para vermos como Deus é bom apesar da gente. Mas por amor aos meus irmãos, estarei orando pelo evento na QUADRA DO BARRIGA. Herois da fé à parte, me preocupo com as criancinhas ali, que sairão dali para imitá-los. Doerá saber, um dia, que as tampas e as toalhas de mesa não fazem nada. Nem seus super-herois. Terão que se dobrar diante do nome de Jesus. E Jesus é bom. Irá recebê-los, porque sofrem por falta de conhecimento. Só me preocupo com aqueles que se revoltam com shows desse tipo, e abandonam o caminho, por não acredtarem mais que possa existir uma igreja séria (não igreja instituição) composta de cristãos salvos em Cristo Jesus. Pesquisando o comportamento neopentecostal, já ri e chorei "trocentas vezes". Muitas vezes, como escrevo de madrugada, minha amada esposa Roberta grita: "Eu quero dormir!", diante das minhas gargalhadas. Graças a Deus, jamais quero ser um super-heroi da fé. Esses dias, impressionei-me com o meu pastor, vice presidente da Convenção Batista Brasileira, que disse: "Irmão Fernando, sempre uso meu nome em minúsculas. Não sou ninguém." Outra vez, ele me disse: "Somos peões do chefe". Ainda outra vez, ouvi e sua pregação: "Muitos se dizem apóstolos, vice Deus, e até Deus, mas pastor para mim já é demais." Quero crescer na fé assim: Não sou ninguém, eu peco, sou imperfeito, pequenino, não preciso de fazer meu nome pulular na mídia com títulos que me põem acima ou mesmo um pouco abaixo do nome de Jesus. O meu nome não é nada diante dEle e dos outros. É sim o que Jesus tem feito em minha vida: Cuidar de mim, me refinar, fazer-me pensar nos erros que cometo, crescer em Cristo, pois sou apenas mais um dentre tantos que estarão com Jesus no céu, pela graça e misericórdia de Deus. Leio os textos abaixo, e oro a Deus, para que se um dia eu ficar mais conhecido do que sou, esses textos não me permitam, junto com minha consciência treinada, a pecar por enaltecer o meu nome mais do que ao de Jesus. Tiago 4:10 - "Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará".1 Pedro 5:6 - "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte."
Termino meu lamento, minha indignação, ainda que mesclada compalavras humoradas, convidando essa LIGA DA INJUSTIÇA a tratar o nome de Jesus com mais respeito, não porque Jesus precise disso, mas por uma simples questão de agradecer a Ele por tudo que nos fez. Caso queiram continuar assim, desejo-lhes muito sucesso em sua profissão de super-heroi da "fé". Deus, eu lhe peço licença para não explicar porque pus "fé" entre aspas. Obrigado.
Fonte: Igreja a gosto do freguês
Eu imagino se o apóstolo Paulo ressuscitasse em nossos dias e visse isso, o que será que ele diria? Por que isso acontece? Porque o povo evangélico gosta de show, e gosta de ver seus super-herois ao vivo. São crianças. Lembro-me, certa vez, que aos sete anos eu sonhei que o Ultra-Man veio me visitar. Quando minha mãe me acordou com o leite na mão, para eu ir à escola, exclamei irado: "Ara, agora caramba!" Eu sei que esses evangélicos crianças na fé odiariam ser acordados de seus sonhos e ilusões. Eles precisariam saber que Jesus é o centro de tudo, e que esses cartazes menosprezam a pessoa de Cristo e exaltam homens que brincam de parecer poderosos. Não estou chateado com o local do Mega encontro chamar-se Quadra do Barriga, pois haja barriga para engolir tamanha ousadia. Dir-me-ão os meus críticos: Você não preferiria vê-los ali, falando de Jesus, em vez de vê-los nos bares e esquinas, bêbedos? Minha resposta é: Prefiria vê-los no templo, servindo a Jesus, com a Bíblia na mão, e conhecimento na mente, e Espirito Santo no coração. Preferiria vê-los falando do fogo (gíria evangélica) fazê-los crescerem na fé e no conhecimento, e não de FOGO NA CANELA. Lamento por tudo isso. Muitos dali, diria, são meus irmãos em Cristo, mas com que propósito se iludem com essa publicidade infantil? Às vezes acho que até o Capeta dá risada disso, e exclama: "O Deus, não sou eu não quem está incentivando isso!" Custa-me acreditar que o Diabo faria tamanha palhaçada, tamanho espetáculo. E se muitos se convertem, é para vermos como Deus é bom apesar da gente. Mas por amor aos meus irmãos, estarei orando pelo evento na QUADRA DO BARRIGA. Herois da fé à parte, me preocupo com as criancinhas ali, que sairão dali para imitá-los. Doerá saber, um dia, que as tampas e as toalhas de mesa não fazem nada. Nem seus super-herois. Terão que se dobrar diante do nome de Jesus. E Jesus é bom. Irá recebê-los, porque sofrem por falta de conhecimento. Só me preocupo com aqueles que se revoltam com shows desse tipo, e abandonam o caminho, por não acredtarem mais que possa existir uma igreja séria (não igreja instituição) composta de cristãos salvos em Cristo Jesus. Pesquisando o comportamento neopentecostal, já ri e chorei "trocentas vezes". Muitas vezes, como escrevo de madrugada, minha amada esposa Roberta grita: "Eu quero dormir!", diante das minhas gargalhadas. Graças a Deus, jamais quero ser um super-heroi da fé. Esses dias, impressionei-me com o meu pastor, vice presidente da Convenção Batista Brasileira, que disse: "Irmão Fernando, sempre uso meu nome em minúsculas. Não sou ninguém." Outra vez, ele me disse: "Somos peões do chefe". Ainda outra vez, ouvi e sua pregação: "Muitos se dizem apóstolos, vice Deus, e até Deus, mas pastor para mim já é demais." Quero crescer na fé assim: Não sou ninguém, eu peco, sou imperfeito, pequenino, não preciso de fazer meu nome pulular na mídia com títulos que me põem acima ou mesmo um pouco abaixo do nome de Jesus. O meu nome não é nada diante dEle e dos outros. É sim o que Jesus tem feito em minha vida: Cuidar de mim, me refinar, fazer-me pensar nos erros que cometo, crescer em Cristo, pois sou apenas mais um dentre tantos que estarão com Jesus no céu, pela graça e misericórdia de Deus. Leio os textos abaixo, e oro a Deus, para que se um dia eu ficar mais conhecido do que sou, esses textos não me permitam, junto com minha consciência treinada, a pecar por enaltecer o meu nome mais do que ao de Jesus. Tiago 4:10 - "Humilhai-vos na presença do Senhor, e ele vos exaltará".1 Pedro 5:6 - "Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte."
Termino meu lamento, minha indignação, ainda que mesclada compalavras humoradas, convidando essa LIGA DA INJUSTIÇA a tratar o nome de Jesus com mais respeito, não porque Jesus precise disso, mas por uma simples questão de agradecer a Ele por tudo que nos fez. Caso queiram continuar assim, desejo-lhes muito sucesso em sua profissão de super-heroi da "fé". Deus, eu lhe peço licença para não explicar porque pus "fé" entre aspas. Obrigado.
Fonte: Igreja a gosto do freguês
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